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Dado em treinamento com o elenco do Tricolor. | Felipe Rosa/Tribuna do Paraná
Dado em treinamento com o elenco do Tricolor.| Foto: Felipe Rosa/Tribuna do Paraná

Dado Cavalcanti chegou motivado ao Paraná Clube . Na apresentação do treinador, sexta-feira (19), no CT Ninho da Gralha, o treinador mostrou ânimo por ser o responsável pela estruturação do futebol paranista. Dado não falou diretamente sobre o virtual rebaixamento no Brasileirão, mas rechaçou o discurso do “é possível”. Com contrato até dezembro do ano que vem, o comandante de 37 anos sabe que o projeto da Série B em 2019 começa agora.

Listamos os quatro principais desafios de Dado na sua chegada:

Reorganizar departamento de futebol e encaixar parceria com Lúcio Flávio

O clube trocou o departamento de futebol. Foram demitidos o diretor de futebol, Rodrigo Pastana, e outros quatro membros da comissão técnica. Por sua vez, o presidente Leonardo Oliveira efetivou o ex-goleiro Marcos para gerir o futebol e contratou Lúcio Flávio para ser auxiliar-técnico da comissão permanente. Ambos foram atletas de Dado em 2013. Já Dado traz em sua equipe o auxiliar-técnico Pedro Gama, que trabalhou junto com Eduardo Baptista no Palmeiras, Sport, Atlético e Coritiba.

MATEMÁTICA Brasileirão: contas para título, Libertadores e rebaixamento

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“É cedo para saber [quantos profissionais precisam ser contratados]. Vou fazer um trabalho de reconhecimento para entender como as coisas funcionam. Sobre o Lúcio e o Marcão são algumas amarras que deixei. Tenho o Lúcio como fiel escudeiro e o Marcos como um profissional ascendente”, analisa o técnico.

Retomada na carreira

Dado surgiu como um dos técnicos mais promissores do futebol brasileiro no início da década. Foi contratado pelo Tricolor em 2013 e quase conquistou o acesso – a campanha foi prejudicada pelo atraso de salários. Mas o técnico não atingiu o patamar esperado a nível nacional. Desde então treinou Coritiba, Ponte Preta, Náutico, Ceará, Paysandu e CRB sem nenhum feito de expressão. A melhor campanha foi pelo Paysandu com o título estadual e o bicampeonato da Copa Verde.

Hoje o técnico garante estar mais maduro e com os pés no chão. “Eu comecei minha vida de treinador profissional com 24 anos e ganhei títulos muito cedo. As coisas cresciam de maneira absurda. Muitas vezes eu achava que ia revolucionar o futebol. Eu me sentia assim. Era o excesso de confiança”, admite Cavalcanti.

Evitar recordes negativos

O Paraná está colecionando recordes negativos na era do Brasileirão. Já igualou América-RN e São Caetano com a maior sequência de jogos sem vencer (15), chance de ter o pior ataque e também a menor pontuação.

“Vou tentar extrair o máximo de cada atleta. Vamos dar o sangue. O torcedor está descrente, magoado e chateado. Eles tiveram um ano de 2017 maravilhoso. Esse é um momento de reflexão e trabalhar. Falar menos e procurar respostas”, promete Dado.

Escolher quem fica e indicar nomes para 2019

A maior parte do elenco do Paraná não irá permanecer para 2019. Entre os principais atletas que têm contrato estão Richard, Igor, Junior, Leandro Vilela e Jhonny Lucas. O clube também deve contar com o retorno dos que estão emprestados, sendo o lateral Cristovam o nome mais relevante. A ideia de Dado é justamente usar a reta final da Série A para avaliar quem pode ficar.

“Eu trago mais casca e ganhei referência nos clubes que passei. Agora é hora de pensar na valorização do nosso jogo. Pensar no que pode trazer benefício individual para os atletas e para o clube”, finaliza o técnico.

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