O zagueiro Rayan está suspenso da importante partida com o América-MG, domingo (22), às 16 horas, na Vila Capanema. Ao receber o terceiro cartão amarelo contra o Vitória, que o tira de ação por um jogo, o defensor expôs uma das grandes dificuldades do Paraná Clube neste Brasileirão: o elenco enxuto.
Com a saída de Neris, que disputou cinco jogos pelo time na competição antes da parada da Copa do Mundo, sendo quatro como titular, o Tricolor ficou com quatro opções para a defesa. Além de Rayan e Charles, dupla que atuou na derrota para os baianos, no Barradão, a equipe do técnico Rogério Micale tem ainda Jesiel e Cléber Reis no plantel. E mesmo assim pode ter de improvisar um jogador na zaga diante dos mineiros.
Jesiel está voltando de uma lesão na coxa. Nem viajou para Salvador. Cléber Reis, então dono de uma posição cativa no setor, foi punido por um ato de indisciplina não revelado pelo clube e está afastado por tempo indeterminado. Se os dois se ausentarem da lista de relacionados do time novamente, e se não surgir um reforço de última hora, o Paraná será obrigado a improvisar. As principais opções para compor o miolo de zaga são dois pratas da casa: Jhonny Lucas e Leandro Vilela.
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“Estamos em busca de contratação. Pode acontecer nos próximos dias, semanas. Não tem nada certo”, falou o auxiliar-técnico Ademir Fesan, que comandou o time na Bahia porque o treinador estava suspenso pela expulsão contra o Cruzeiro. “Mas o Jesiel está em fase de transição, pode ser que esteja à disposição do Micale”, completou.
O próprio Charles, antes de ser titular contra o Vitória, havia sido esquecido no elenco desde o Campeonato Paranaense. Entre seu último jogo pelo Estadual e a estreia na Série A foram aproximadamente cinco meses sem entrar em campo.
A falta de opções no elenco não se restringe à defesa. Antes da parada da Série A, em junho, Micale admitia que esperava por mais três ou quatro reforços de peso para o restante da temporada. Ganhou apenas dois, Nadson e Rodolfo, que não atuaram contra o Vitória – o primeiro com dores musculares e o segundo por questões burocráticas referentes a sua transferência do exterior. A expectativa é de que pelo menos possam estrear diante do América-MG, dando mais opções para o frágil setor ofensivo da equipe.
Com dificuldades para contratar, o técnico se viu obrigado a recuperar atletas que não estavam inicialmente nos planos. Foram vários testes durante o período de intertemporada, com a expectativa de ver resultados concretos com a volta dos jogos oficiais. “Dei oportunidade a todos, inclusive àqueles que não vinham tendo chances”, admitiu antes do amistoso com o River Plate, do Uruguai, vencido por 2 a 0 na Vila Capanema. “Vamos precisar ver em campo se teremos o retorno que esperamos, ver qual a resposta dos jogadores de tudo o que treinamos. Trabalhamos muito”, comentou, na mesma entrevista.
A primeira impressão não deve ter sido boa.
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