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Repercussão

Explicações para uma goleada de 6 a 0 pouco importam após um jogo como foi São Paulo e Paraná, no qual o Tricolor paulista fez o que quis, enquanto a equipe paranista não esboçou qualquer reação. Bastante envergonhado, o zagueiro Daniel Marques desabafou e declaradamente cobrou os companheiros.

"Vai querer justificar uma goleada dessas, não tem como. O São Paulo veio e atropelou a gente. Acho que temos que ter vergonha na cara. Todo profissional tem que ter isso, porque pela primeira vez na minha carreira tomo de 6 a 0. Nem no infantil, no juvenil, ou qualquer momento da minha carreira sofri uma derrota dessas", esbravejou o zagueiro.

Veja o que disseram Vandinho e Josiel______________________________

"Acho que ele ficou nervoso". Foi o que restou ao volante Goiano, do Paraná Clube, responder acerca da expulsão do atacante são-paulino Hugo, no segundo tempo do jogo no qual o São Paulo atropelou o Paraná. O jogador contou como foi a jogada que resultou na maior polêmica da partida.

Confira a explicação de Goiano sobre a cusparada______________________________

Apesar de não conseguir (ou não querer) explicar os motivos da derrota, o técnico paranista Lori Sandri procurou não culpar algum jogador em específico para apostar as suas fichas neste grupo que, segundo ele, pode render muito mais do que se viu na capital paulista.

"Não vou nem explicar, não vou comentar sobre os erros de fulano ou beltrano. Nós vamos é buscar a nossa recuperação. O Paraná joga mais do que isso. E a gente vai cobrar, vou cobrar até de mim. Isso vai acontecer internamente, na busca de recuperação, o time já vinha de sete jogos ruins, e se deixarmos cair agora, fica complicado", analisou Sandri.

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Não deu para ser levado a sério. Jogando mal em todos os setores do campo contra o líder São Paulo, o Paraná Clube pediu para perder, não esboçou qualquer resistência e sofreu um passeio no Estádio Morumbi: 6 a 0. Graças ao goleiro Flávio e aos erros dos atacantes são-paulinos, a goleada não foi ainda maior. O resultado deixa o Tricolor paulista a 11 pontos do vice-líder Cruzeiro.

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Veja os gols da partida

Na outra ponta da tabela, o Paraná revê a aproximação da zona de rebaixamento, e de quebra sofrendo a maior goleada da história do clube em Brasileiros. E com o futebol apresentado na capital paulista, a torcida tem que se preocupar. Dentre os problemas, provavelmente o único fora da listagem esteja Josiel, mero espectador ao lado do goleiro Rogério Ceni durante praticamente todo o jogo.

Destaques negativos não faltaram: nas laterais, Alex e Elvis não souberam criar absolutamente nada e sequer conseguiram marcar alguém. Na zaga, Toninho cometeu nova falha ridícula e Aloísio agradeceu. Neste lance, aliás, o São Paulo abriu a contagem, e continuou a marcar gols sem piedade.

No melhor estilo "três vira, seis ganha", o Tricolor paulista fez a alegria dos cerca de 40 mil torcedores que compareceram ao Morumbi. É verdade que o Paraná falhou muito, mas os são-paulinos mostraram porque vêm liderando o Brasileirão com certa folga, jogando com muita aplicação na defesa, e com velocidade no ataque.

Na próxima quarta-feira, (5), o São Paulo vai ao Mineirão enfrentar o Atlético-MG. Um dia depois, o Paraná recebe o Náutico na Vila Capanema.

Tricolor paranaense resiste por 27 minutos

Nos primeiros instantes de bola rolando entre São Paulo e Paraná, os visitantes procuraram mostrar que iriam dificultar a vida dos líderes da competição. Apesar de alguma aplicação vista na marcação na zona intermediária da defesa, o Tricolor paranaense não mostrava qualquer poder ofensivo contra a defesa menos vazada.

Aos poucos, com essa falta de presença no ataque – até porque Vandinho era pura correria, desordenada diga-se de passagem, e Everton "se escondeu" –, Josiel ficou isolado, a ponto dos zagueiro Neguette, Toninho e Daniel Marques começarem a arriscar chutões para o artilheiro do Brasileirão, todos infrutíferos.

Jogando tão mal quanto na fase de Gilson Kleina, o Paraná logo ficou encurralado e só se defendendo. Contra a pressão e a maior qualidade dos jogadores do São Paulo, não houve correria e chutão que resolvesse. Aos 27 minutos, Aloísio aproveitou deslize de Toninho e marcou o primeiro da partida. Esse tento modificou o panorama da partida.

Se o Paraná já não atacava, depois do primeiro gol são-paulino o jogo só piorou para a equipe. Os donos da casa cresceram e facilmente, passando pela defesa, marcaram mais dois ainda nos primeiros 45 minutos, com Dagoberto e Souza. Pelo que apresentou, o Tricolor paranaense teria que mudar significamente ou iria sofrer durante mais um período de partida.

"Três vira, seis ganha"

Na tentativa de modificar um pouco mais a atuação do Paraná, o técnico Lori Sandri colocou Goiano e Batista nos lugares de Adriano e Toninho, passando para um 4-4-2. A expectativa era de que a equipe pelo menos mostrasse maior poder de reação, buscando o gol de honra e evitando as descidas perigosas do São Paulo.

Não deu. Logo aos três minutos, Miranda perdeu um gol incrível, na cara do gol, e deu mostras de que o torcedor paranista iria sofrer por mais 45 minutos. Aos 17, Elvis perdeu bola boba na saída de bola e Souza apenas cruzou para Dagoberto, livre, fazer o quarto.

Nem mesmo o resultado já assegurado fez o Tricolor paulista tirar o pé do acelerador. Cinco minutos depois, Aloísio ganhou de Batista e fez o quinto da triste jornada paranista no Morumbi. Finalmente, aos 33, Leandro deixou o seu gol e saciou o apetite são-paulino. Entre todos os gols, o Paraná não incomodou Rogério Ceni.

Nos minutos finais, alguns chutes de fora da área e cruzamentos sem direção na área do São Paulo resumiram as tentativas de marcar do Paraná. Muito pouco para quem pensava em aprontar uma para cima do líder.

Confira a ficha técnica e os lances da goleada sofrida pelo Paraná

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