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Mantendo a boa campanha deste início da Série B, o Paraná tende a virar alvo de equipes que precisem de reforços durante a temporada. Tanto do mercado interno quando do externo. Uma even­­tual negociação de jogadores do elenco poderia representar um problema do ponto de vista técnico e uma solução para as dificuldades administrativas. Poderia, se não fosse a política de contratações do Tricolor. A maior parcela dos direitos federativos dos atletas paranistas pertence a parceiros e empresários. "Nos jogadores que têm mais mercado, nosso porcentual é muito pequeno", admitiu, praticamente descartando a ideia de liberar peças do plantel para fazer caixa.

Apenas uma negociação espetacular, que compensasse o custo-benefício de perder um jogador importante, poderia trazer compensação financeira satisfatória para o clube. "A saída de algum jogador só valeria a pena se surgisse uma grande proposta, em que o porcentual que nos cabe fizesse a diferença em nosso caixa", explicou Romani.

Com a boa campanha neste período que antecede a paralisação da Copa do Mundo e a abertura da janela de transferência, alguns jogadores importantes, como João Paulo, Toscano e o goleiro Juninho – e até mesmo o técnico Marcelo Oliveira – têm chances de entrar na mira de outros clubes.

Tendo na volta à elite o principal objetivo para o ano, o presidente paranista procura tranquilizar a torcida. "Não estamos pensando nisso [negociar atletas]. Para nós é muito mais vantajoso subir do que vender os nossos jogadores", explicou. Ele também procura relativizar a boa campanha ("é só o começo de uma longa trajetória") e diz acreditar que o assédio não deve ocorrer com muita intensidade durante a janela.

Porém a projeção oferecida pela Série A, ou alguma boa proposta do exterior, pode mexer com a ambição de alguns nomes do elenco. Para o dirigente, a manutenção da base depende muito da boa vontade dos próprios jogadores e do treinador. "Em futebol sempre há espaço para conversa. Tem de deixar as coisas acontecerem", falou, descartando qualquer possibilidade de reforçar rivais da Série B. "Isso não. Acredito que mesmo os jogadores não se interessariam", disse, mais preocupado em manter o treinador. "Nesta ciranda de técnicos, quando toda semana alguém é dispensado, naturalmente os olhares crescem em cima de quem está fazendo um bom trabalho."

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