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Confusão com direito a empurra-empurra acaba apenas com dois cartões amarelos na primeira etapa | Albari Rosa/Gazeta do Povo
Confusão com direito a empurra-empurra acaba apenas com dois cartões amarelos na primeira etapa| Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo

Ficha técnica e lance a lance da partida

  • Pela segunda vez seguida, Adoniran sai de campo como autor de um gol de fora da área
  • Alex Afonso comemora gol de empate no primeiro tempo. Atacante levou perigo especialmente em jogadas pelo alto
  • Andrezinho deu um pontapé por trás em João Paulo e recebeu o cartão vermelho direto.

A noite fria desta sexta-feira (12) esquentou com empate por 3 a 3 entre Paraná e Ceará , num jogo de ânimos exaltados válido pela Série B do Campeonato Brasileiro, na Vila Capanema. Com uma arbitragem confusa, o Tricolor não conseguiu aproveitar a vantagem numérica após a expulsão de Andrezinho aos 16 minutos do segundo tempo, quando o placar era de 2 a 2. Pior, o Ceará virou a partida e a muito custo o time da casa arrancou o empate.

Wellington Amorim, que estava vivendo um jejum de gols, desencantou marcando duas vezes para o Ceará. Preto completou a contagem para o lado cearense. Alex Afonso, Adoniran e Wellington Silva fizeram os gols paranistas.

Com o resultado, o Paraná recuperou momentaneamente a décima posição, com oito pontos ganhos. O Ceará, subiu para 18º, com três pontos, mas pode parar na lanterna caso ABC e Campinense vençam seus jogos deste sábado, contra Vila Nova (em casa) e Bragantino (fora), respectivamente.

O Ceará volta a campo na terça-feira (16), em Fortaleza, contra o São Caetano. O Paraná jogará novamente na próxima sexta-feira (19) contra o Figueirense, no Orlando Scarpelli, em Florianópolis.

Nervos à flor da pele, algumas trapalhadas e uma obra prima

Apesar da baixa temperatura, 5,6 mil torcedores presenciaram uma partida quente, com alguns erros do árbitro Maurício Aparecido de Siqueira. Aos 5 minutos, ele não deu cartão numa entrada dura de Esley sobre Bebeto. Os ânimos começaram a esquentar. Dois minutos depois, mais uma trapalhada da arbitragem, desta vez um impedimento mal marcado: Alex apareceu livre pela direita e o assistente Fábio Rodrigo Rubinho parou o jogo.

Nem tudo era trapalhada em campo. Aos 13, João Paulo bateu falta e Fábio Vidal afastou. Davi devolveu para João Paulo, que levantou para Alex Afonso cabecear para fora. A bola parada pelo alto começava a ser anunciada como o caminho para o gol paranista. Dois minutos depois, Adoniran arriscou de longe e a bola subiu, mostrando um outro caminho para o Tricolor da Vila.

O tempo fechou de vez numa falta cometida por Murilo Ceará sobre Preto. O paranista chutou a bola longe e Heleno chegou rasgando. Teve soco e empurra-empurra para todos os lados, mas o árbitro resolveu dar amarelo apenas para Bebeto, do Paraná, e Heleno, do Ceará.

Aos 19 minutos, o árbitro também mostrou mau posicionamento. Num ataque do Ceará, o zagueiro Dirley e Siqueira trombaram e Fábio Vidal ficou livre para avançar em direção à area, driblar Freire e servir Wellington Amorim. O atacante tocou de calcanhar após rebote de Ney. Era o primeiro gol do Ceará.

Em desvantagem, o Paraná cometeu alguns erros defensivos. Em três lances seguidos, atacantes do Vovô ficaram livres para finalizar, mas pararam na falta de pontaria, de força ou no goleiro Ney.

O Tricolor passou a reagir na bola parada. Aos 29 minutos, João Paulo colocou na cabeça do zagueiro Freire. No minuto seguinte, João Paulo cobrou falta pela esquerda e, desta vez, o destino foi a cabeça de Alex Afonso, que desviou com consciência para o fundo do gol, empatando o jogo.

Aos 33 minutos, o Paraná tomou um duplo susto após uma saída errada em jogada de tiro de meta. Wellington Amorim e Geraldo acertaram duas bolas na trave no mesmo lance. O primeiro, após passe errado de Adoniran; o segundo, com uma "assistência" de Dirley.

O Paraná reclamou de pênalti aos 41 minutos, quando Murilo Ceará lançou Davi na área e ele não alcançou a bola após tomar cotovelada de Heleno. Porém, o segundo gol não tardou. Aos 44, outra bola parada influenciou no placar. Alex cruzou, a zaga afastou e, pela segunda partida seguida, Adoniran mandou um forte chute para o gol. Desta vez, a bola foi no ângulo direito do goleiro Adílson. Era a vantagem que o Paraná precisava para ir para o intervalo. A interrupção começou com o treinador PC Gusmão do Ceará cercando a arbitragem para reclamar das marcações.

Paraná não consegue aproveitar vantagens

Com um gol de vantagem, o Paraná poderia administrar a partida com tranquilidade ou se resguardar em campo no segundo tempo. Porém, a liderança no placar durou pouco. Antes dela se dissolver, a torcida paranista reclamou de pênalti em Alex Afonso no primeiro minuto.

A perda da vantagem no placar aconteceu após sequência de escanteios iniciada de forma inusitada. Atrapalhado pelo gramado irregular, o goleiro Ney deixou a bola sair pela linha de fundo. Era o sexto minuto de jogo e, após cobrança de Geraldo, Heleno pegou o rebote e cruzou para Wellington Amorim matar na barriga e chutar forte para o gol. O Paraná sentiu o golpe.

Mesmo assim, aos 11, Dirley obrigou Andrezinho a salvar em cima da linha uma cabeçada que nasceu em jogada de bola parada. O Paraná precisava de algo novo, e este algo novo se chamava Dinelson. A confiança aumentou um minuto depois da entrada do meia, quando Andrezinho acertou um carrinho em João Paulo e foi expulso direto.

A vantagem numérica poderia dar vantagem no placar para o Paraná. Mas justamente o oposto ocorreu logo aos 19 minutos, quando, num contra-ataque, Preto ganhou de Dirley na corrida e bateu na saída de Ney. Mais uma virada na partida.

O Paraná precisava sair do vexame de ser o primeiro time a perder em casa para o Ceará desde setembro de 2007. A saída era Dinelson. Aos 31 minutos, ele cabeceou após levantamento de João Paulo, assustando a defesa alvinegra. Aos 38 minutos, ele funcionou. Fez jogada pelo meio e abriu na esquerda para Davi cruzar. Wellington Silva, em posição de impedimento, desviou de leve para a rede.

A tentativa pela terceira virada na partida parou na ansidedade paranista. O Tricolor ainda teve direito de reclamar de um recuo da zaga cearense após rebote de um bom chute de Dinelson. A arbitragem fechou a participação confusa sem marcar nada no lance.

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