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O meia Dinelson (d) veio a público desmentir que a disputa entre empresários esteja refletindo no time: “Esse negócio de a Base, de jogadores de tal empresa, isso aí não resolve nada, só atrapalha.” | Albari Rosa/Gazeta do Povo
O meia Dinelson (d) veio a público desmentir que a disputa entre empresários esteja refletindo no time: “Esse negócio de a Base, de jogadores de tal empresa, isso aí não resolve nada, só atrapalha.”| Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo

Tricolores

Reforços?

Ontem surgiu a notícia da vinda de dois novos jogadores para a Vila Capanema. O volante Basílio (Criciúma) e o atacante William (ex-Coritiba, atualmente no Avaí). Aurival Correia, presidente do Tricolor, negou que a dupla possa reforçar o clube. Para o dirigente, é momento de dar confiança ao elenco.

Pelas alturas

Testada mas não usada no jogo com o Brasiliense, o técnico Zetti deve escalar dois centroavantes diante da Portuguesa, na sexta-feira. O grandalhão Wellington Silva iniciou o coletivo de ontem à tarde como o companheiro de Alex Afonso.

  • Veja como é a distribuição do elenco paranista por grupos de empresários

Já cheio de problemas dentro de campo, o Paraná vive uma guerra nos bastidores. De um lado, a Base, grupo responsável pelas categorias inferiores do Tricolor. Do outro, a L.A. Sports, empresa que remontou o elenco paranista para a disputa da Série B. No meio do fogo cruzado, o clube.

O ponto central da questão é a escalação da equipe do técnico Zetti, que privilegiaria este ou aquele parceiro. Preferência que acabaria, no futuro, rendendo mais ou menos dinheiro em possíveis negociações de atletas.

Até então restrito a conversas informais, o conflito ganhou dimensões maiores no sábado. Após a derrota para o Brasiliense (2 a 0), na Vila Capanema, a torcida organizada Fúria Independente elegeu a L.A. como uma das responsáveis pela má fase atual.

Ontem, chegou aos atletas. Pela primeira vez, eles falaram publicamente sobre o assunto.

"Esse negócio de a Base, de jogadores de tal empresa, isso aí não resolve nada, só atrapalha. Estão jogando os melhores. Dentro de campo, no grupo, não tem nada a ver. A responsabilidade é de todos", disse Dinelson.

Uma das principais contratações do Paraná, o meia pertence à L.A. Sports. Há ainda atletas da Traffic e da Zetex. Quatro tem ligações com a Base. Outros não possuem vínculo formal com nenhuma empresa (ver quadro).

"Aqui não tem jogador da L.A., da Base, só tem jogador do Paraná. Todos que estão aqui têm seus salários bancados pelo clube. Não importa de qual parceira vieram. Falei para o Zetti esquecer qualquer tipo de pressão nesse sentido. Quem escala é ele", comenta Aurival Correia, presidente do Tricolor.

As negativas de ambos, entretanto, parecem não esfriar o tema. "Há pressão dentro do clube para escalar determinado jogador pois com isso se banca o clube. O que banca o clube é subir (para a Primeira Divisão), não vender atletas. E isso eu não vou medir esforços para conseguir. O cara é diretor, sócio e investidor", afirma Luiz Alberto de Oliveira, proprietário da L.A.

O empresário não diz o nome, mas fala de Marlo Litwinski, vice-presidente das categorias de base do Paraná e sócio-proprietário da Base (sigla para Bom Atleta Sociedade Empresarial Ltda). Afirma ainda que há influência para prejudicar o seu trabalho junto ao torcedor.

"A torcida sabe que os meninos da base são patrimônio do clube, e que os outros não têm raiz com o clube. Quem está fomentando esse tipo de visão está tentanto criar uma cortina de fumaça sobre as dificuldades do time em campo", rebate Litwinski.

Sobre se existe ou não a pressão para a utilização da garotada, ele fala: "Nosso conceito é o que é melhor para o clube. Estruturar as categorias de base e fornecer atletas prontos para a equipe profissional. Não somos contra ninguém, todos que vieram ajudar o Paraná são bem-vindos".

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