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Na base do três vira, seis ganha, o Paraná escreveu uma triste página nos seus 18 anos de história. Perdeu por 6 a 0 para o São Paulo, no Morumbi, maior goleada do Brasileiro-07. Também o maior revés sofrido pelo Tricolor da Vila em toda a sua existência.

Nem mesmo o fato de ter jogado fora de casa contra o melhor time do campeonato, que ostenta a incrível marca de sete jogos sem tomar um gol sequer, ameniza o vexame de uma equipe totalmente apática, sem brio e perdida em campo.

O jogo começou equilibrado. Até os 20 minutos, o Paraná deu a impressão até de que poderia aprontar uma surpresa no Morumbi. Mas aos poucos a dura realidade traduzida na diferença técnica dos dois times começou a transparecer e a resistência paranista ruiu. Bastou o São Paulo forçar o jogo no seu ataque para, de forma tranqüila e natural, os gols começarem a sair. E que gols.

Aos 27 minutos, Richarlyson fez um lançamento longo para Aloísio, que viu Toninho, seu marcador, levar um chapéu do quique da bola. Com liberdade, ele bateu forte, de fora da área, no canto esquerdo de Flávio. Seis minutos depois, Dagoberto recebeu um passe na intermediária, se livrou de Neguete e chutou rasteiro e colocado no lado direito da meta paranista. Aos 37, uma pintura. Souza driblou três e entrou livre na área de Flávio, que ficou sem reação ao ver o chute rasteiro do meia são-paulino no seu canto esquerdo. Em dez minutos estava desenhada a goleada. E o pior: ficou barato.

No intervalo, com a porta da defesa arrombada, Lori Sandri tentou pôr uma cadeado mais forte. O zagueiro Toninho e volante Adriano saíram para a entrada dos volantes Goiano e Batista. Contudo, a nova tranca não surtiu efeito e a retaguarda paranista continuou uma "mãe" para o ataque do time que lidera com folga o campeonato. Para o tormento da torcida paranista, não podia ser diferente: mais gols na segunda etapa. Aos 17, Elvis perdeu a bola e armou o contra-ataque que resultou em mais uma bola na rede de Dagoberto. Aos 22, outro chapéu do quique da bola. Dessa vez foi Batista que ficou para trás ao ser acossado pelo corpanzil de Aloísio, antes de o matador são-paulino fazer o seu segundo no jogo. Até os 33, só faltava um atacante marcar pelo time casa. Deixou de faltar até Leandro aproveitar o rebote da trave e, sem marcação, balançar pela sexta vez a rede paranista.

Após o massacre, o zagueiro Daniel Marques foi o responsável por um dos raros momentos de lucidez entre os jogadores do Paraná no gramado do Morumbi ao ficar calado. "Vou dizer o quê? Não há o que justificar. Tem é que ter vergonha, só isso."

Em São Paulo

São Paulo 6 x 0 Paraná

São Paulo

Rogério Ceni; Breno, André Dias e Miranda (Júnior); Souza, Hernanes, Richarlyson, Leandro e Jorge Wagner; Dagoberto (Hugo) e Aloísio (Borges). Técnico: Muricy Ramalho.

Paraná

Flávio; Daniel Marques, Toninho (Goiano) e Neguete; Alex (Batista), Everton, Adriano, Beto e Elvis (Araújo); Vandinho e Josuel. Técnico: Lori Sandri.

Estádio: Morumbi. Árbitro: Elmo Alves Resende Cunha (GO). Gols: Aloísio (SP), aos 27/1.º e 22/2.º, Dagoberto (SP), aos 33/1.º e 17/2.º, Souza (SP), aos 37/1.º, Leandro (SP), aos 33/2.º. Amarelos: Elvis, Adriano e Neguette (P). Cartão vermelho: Hugo (SP). Renda: R$ 273.590,00. Público: 36.496 pagantes (36.568 total).

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