
Tricolores
Negativa
O técnico Paulo Comelli foi sondado pelo Vitória que perdeu Vágner Macini para o Santos para ir trabalhar no Barradão. Porém, optou por permanecer na Vila Capanema em vez de voltar a Salvador, onde já dirigiu o Bahia.
Dúvidas
Comelli tem duas dúvidas para o clássico diante do Atlético, no domingo. A primeira, de ordem médica. O zagueiro João Paulo foi substituído no jogo com o Mixto, pela Copa do Brasil, com dores na coxa direita. Caso seja vetado, Élton entra em seu lugar. A outra incerteza é a manutenção do volante Kléber ou a escalação do meia Gedeon, visando deixar o Paraná mais forte no ataque.
Ingressos
Iniciada ontem, a venda de ingressos para a torcida do Paraná prossegue hoje. Quem quiser ir ao clássico, as bilheterias da sede da Av. Kennedy abrem às 8 horas, e as entradas custam R$ 30 e R$ 15 (meia).
O Paraná levará a campo, no domingo, um time recheado de novatos em clássico com o Atlético. Do atual time-base do Tricolor, apenas três jogadores enfrentaram o Furacão: os zagueiros João Paulo (que é dúvida, lesionado) e Luís Henrique, além do lateral-esquerdo Fabinho.
Motivo de preocupação para a torcida paranista? Em parte, sim. Afinal, nesse tipo de jogo é comum ver os jogadores inexperientes inibidos. Mas há também o outro lado da moeda. Não há confronto melhor para alcançar a consagração.
Naturalmente, na Vila Capanema, a partida é encarada como uma ótima oportunidade para ganhar, definitivamente, moral com a torcida. No mesmo sentido, uma vitória pode ser o impulso ideal para a redenção da equipe no Campeonato Paranaense.
"Quem faz gol em clássico é sempre lembrado. Vai ser a minha primeira vez e tenho certeza de que será uma experiência positiva. Espero que a gente possa vencer", declara o atacante Wellington Silva, um dos novatos do Tricolor.
Além dele, Ney, Murilo, Agenor, Hernani, Kléber, Lenílson e Osmar nunca disputaram o clássico, assim como o técnico Paulo Comelli. Destes, quem tem mais experiência em campo são o goleiro Ney e o meia Lenílson. Defendendo Bahia e São Paulo, respectivamente, eles puderam sentir o gostinho das grandes rivalidades.
"Joguei contra o Bahia, decidimos dois títulos do estado e fomos campeões nas duas vezes. Clássico é sempre importante. E se define dentro de campo, quem errar menos leva a melhor", afirma o goleiro Ney, já com 31 anos.
Questionado se, pela diferença de pontos na tabela o Rubro-Negro tem 15 em sete jogos, e o Paraná sete em seis os donos da casa carregariam um favoritismo, Ney relativiza. "Se olhar pela tabela, pelo o que eles vêm mostrando, sim. Mas sabemos que clássico não tem favoritismo".
Dos atletas que já conhecem a rivalidade local, o lateral-esquerdo Fabinho não tem uma boa lembrança da Arena. Na última vez em que atuou no estádio, viu o Tricolor perder por 6 a 1, em 2002, na decisão do Estadual na sequência, o Paraná venceu na Vila por 4 a 1, mas ficou sem a taça.
Porém, traz consigo a experiência, e uma receita para os colegas. "Para quem já jogou lá, com a Arena lotada, bate aquele eco mesmo. A torcida deles incentiva, mas a nossa que vai estar lá também vai incentivar. É só manter a tranquilidade que quando a bola rolar a gente esquece do resto", diz.