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Dentro de campo, Ricardo Pinto e Saulo, 39 e 41 anos, respectivamente, marcaram época na Baixada e na Vila Capanema. Chuteiras aposentadas, procuram agora espaço na carreira de treinador e, pela primeira vez, disputam o Campeonato Paranaense "com tudo que tem direito" no comando de J. Malucelli e Rio Branco (Saulo treinou o Paraná em algumas partidas 2004). Em entrevista para a Gazeta do Povo, antes da rodada de ontem, os dois mostraram a mesma personalidade forte que exibiam nos gramados, e prometem incomodar as equipes da capital na busca pelo título do estado.

Gazeta do Povo – Como ex-ídolos de Atlético e Paraná, como é para vocês enfrentar essas equipes? Tem um gosto especial?Ricardo Pinto – Tem um gosto especial sim (o J. Malucelli empatou com o Atlético por 3 a 3 na primeira rodada do Paranaense). Eu sempre fui muito bem tratado no Atlético, e até hoje as pessoas me reconhecem como jogador do clube. E no jogo gritaram meu nome, isso sempre me emociona bastante.Saulo – Eu respeito muito o Paraná, tive uma carreira sólida no clube, mas será apenas um jogo comum para mim (o Rio Branco pega o Paraná na 12.ª rodada).

O que J. Malucelli e Rio Branco podem mostrar no Paranaense?Ricardo Pinto – Estou muito confiante. O time fez uma boa preparação física, temos um grupo homogêneo, tanto na parte técnica como tática. O importante é irmos bem nessa fase inicial, em que enfrentaremos os três grandes, para estarmos fortes para pegar os times que vamos disputar a vaga na seqüência.Saulo – Falo para os meus jogadores que boa campanha não adianta. Passa um tempo e ninguém lembra mais. Dessa forma, temos o objetivo muito claro de primeiramente classificar entre os oito primeiros. E depois, buscar o título, afinal, o Rio Branco é a quarta força do futebol paranaense, atrás apenas dos três clubes de Curitiba.

Como vocês se definem na posição de técnicos?Ricardo Pinto – Eu sou um treinador que pensa muito na coletividade. Em formar um grupo forte. Quero que os atletas venham trabalhar e encontrem um ambiente em que todos estão sorrindo. E procuro sempre o caminho diferente. Não inovador, mas diferente, pois quero colher resultados diferentes com o J. Malucelli, não ser apenas coadjuvante. Saulo – A parte tática eu aprendi quando jogava futebol. Então procuro saber como lidar com o atleta, isso eu acredito que é fundamental. Não sou amigo de jogador, mas sei que precisa existir um diálogo e, principalmente, respeito. Além disso, tenho na cabeça que o trabalho do técnico é agradar ao público com um bom futebol, sempre ofensivo, e não ficar segurando o emprego.

Que tipo de contribuição vocês podem dar para seus jogadores nas posições em que atuaram?Ricardo Pinto – Eu acho que aumenta um pouco a responsabilidade dos meus goleiros, pois eles sabem que eu conheço bem a posição. Mas não interfiro em nada, pois tenho o Pardal, meu preparador de goleiros, que dá conta do recado.Saulo – Quem jogou futebol tem uma visão diferenciada. Procuro atacar a dificuldade dos jogadores, e no ataque posso ensinar bem, pois fui expert na função.

Embora ainda estejam começando, o que vocês projetam para essa nova carreira? Pensam em treinar a seleção brasileira?Ricardo Pinto – Sem demagogia, nem penso em seleção. O que eu quero na minha carreira é treinar times que me dêem condições de trabalhar, que tenham estrutura. A princípio, penso em times do interior de São Paulo, o próprio Atlético é um sonho, até mesmo o Paraná, que é um clube pelo qual tenho simpatia. Não vejo minha carreira atrás de fama, projeção.Saulo – A vida tem muitos momentos de altos e baixos. Então não tenho pressa. Meu primeiro objetivo é ser campeão regional, é isso que eu quero agora. Mas ainda é muito cedo para começar a pensar no futuro.

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