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Carlos Arthur Nuzman é suspeito de ser a ponte entre o governo Sério Cabral e membros do COI na compra de votos. | Albari Rosa/Gazeta do Povo
Carlos Arthur Nuzman é suspeito de ser a ponte entre o governo Sério Cabral e membros do COI na compra de votos.| Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo

O presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB), Carlos Arthur Nuzman, foi preso pela Polícia Federal (PF) na manhã desta quinta-feira (5). O homem forte do esporte brasileiro foi detido junto com Leonardo Gryner, principal colaborador de Nuzman no comitê organizador da Olimpíada Rio-2016. Ambos são acusados de atuar na compra de votos na escolha do Brasil para sediar os Jogos Olímpicos do ano passado. Na história das Olimpíadas, Nuzman é o único cartola que acumulou a presidência do Comitê Organizador e do próprio comitê nacional.

As prisões fazem parte da Operação Unfair Play (jogo sujo, em inglês), que integra a Operação Lava Jato e tem participação do Ministério Público Federal (MPF) e que também investiga o empresário Arthur César Soares Menezes, conhecido por Rei Arthur, que está foragido há um mês e que teria pago o valor de US$ 2 milhões ao senegalês Lamine Diack, ex-cartola da Federação Internacional de Atletismo e membro do Comitê Olímpico Internacional (COI).

Nuzman é suspeito de ter sido o elo entre o ex-governador Sérgio Cabral (PMDB), preso na Operação Lava Jato, e membros do COI. A investigação, que começou a partir de denúncia do Ministério Público da França, aponta que Rei Arthur teria obtido mais de R$ 3 bilhões de contratos com o governo do Rio de Janeiro para executar obras de infraestrutura para a Rio-2016.

O pedido de prisão foi decretado por causa de uma tentativa de ocultação de bens em setembro, após a PF ter cumprido mandado de busca no apartamento de Nuzman. Na busca em setembro, foram encontrados o equivalente a R$ 480 mil em cinco moedas diferentes na casa do presidente do COB. Valor maior do que o que o dirigente tinha em sua conta bancária: R$ 148,3 mil. Na ocasião, a Justiça havia solicitado o bloqueio de bens de Nuzman.

No total, 20 agentes da PF cumprem os mandados de prisão de Nuzman e Gryner e mais seis de busca de apreensão, todos expedidos pela 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro

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