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Ágatha comemora a boa fase, que pode ser coroada com a liderança do circuito em Maceió | Mauricio Kaye/CBV
Ágatha comemora a boa fase, que pode ser coroada com a liderança do circuito em Maceió| Foto: Mauricio Kaye/CBV

"Como é que a saída de uma única jogadora pode mudar tanto um cenário?" A pergunta em tom de espanto é da curitibana Ágatha, que, aos 29 anos, compete neste fim de semana pela liderança do Circuito Brasileiro de Vôlei de Praia. Ela se refere a Larissa, que no ano passado decidiu "abrir" a dupla com Juliana – o que na gíria da areia significa que a parceria bronze na Olimpíada de Londres, cinco vezes campeã brasileira e sete títulos no Circuito Mundial chegou ao fim.

De lá para cá, todas as jogadoras do circuito viram a possibilidade de chegar ao topo do pódio, antes monopolizado por Juliana e Larissa. Paciente, Ágatha soube esperar, administrar os maus momentos e, na última etapa da competição, em João Pessoa, ao lado da carioca Bárbara Seixas, conquistou o seu primeiro título, em seu décimo ano na competição. "Abriu a porteira! Faltava ganhar uma etapa, agora, a meta é buscar a toda hora o primeiro lugar", fala a curitibana radicada em Paranaguá.

Com o primeiro lugar na etapa pernambucana, Ágatha e Bárbara Seixas diminuíram a distância para as líderes da competição, Rebecca e Lili. Se neste fim de semana, em Maceió, ficarem três posições acima delas, assumem a ponta da tabela. "Não penso muito nisso agora. Jogo porque gosto e tem funcionado assim", diz.

O bom momento vai além das quadras. No próximo dia 23, a jogadora se casa com o preparador físico Renan, em uma cerimônia em Morretes. "Dez dos meus convidados do Rio vão chegar lá fazendo o passeio de trem", conta, animada. Misturar a conversa de vida pessoal e profissional é quase inevitável, visto que Renan é responsável pelo condicionamento físico da dupla. E o técnico, Rico de Freitas (filho do ex-técnico da seleção masculina Bebeto de Freitas) é casado com Bárbara.

O bom início de 2013 tem um pé em uma decepção da paranaense. Na primeira convocação da seleção brasileira, em dezembro, seu nome não estava entre as dez escolhidas. Além de passarem por períodos de treinamento conjunto, as eleitas terão prioridade de investimento para competições internacionais. "Fiquei muito triste, chorando. Vínhamos de um momento muito legal, um terceiro lugar na etapa da Tailândia no Circuito Mundial no ano passado, achava que era justo. Mas não me abati, resolvi correr atrás mais ainda", diz.

Ágatha começou a jogar vôlei em Paranaguá, fez parte do time do Londrina/Banestado e migrou para a areia por brincadeira, ao lado de Shirley, em 2001. Em 2005, depois de se oferecer para jogar com a campeã olímpica Sandra Pires, viu sua carreira deslanchar. "Fiquei sabendo que a parceria dela com a Jaqueline ia ‘abrir’ e fui pedir para jogar com ela, na maior cara de pau". Naquele ano, foi eleita atleta revelação do país. Mas, então, ascenderam Juliana e Larissa. Ágatha entrou no circuito de jogadoras que foram tentando novas parcerias para seguir competitiva. Jogou com Shaylyn, Fabí e Isabela Maio, Raquel, Luiza Amélia, até receber o convite de Bárbara Seixas. "Temos muito pela frente", diz.

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