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Passada a décima conquista do Grand Prix, a seleção feminina de vôlei, que desembarcou na madrugada desta terça-feira em São Paulo, já pensa no Mundial, que será disputado na Itália, a partir de 23 de setembro. A taça do Mundial é a única que falta na galeria do vôlei feminino brasileiro. Nas duas últimas edições, o Brasil foi vice-campeão, perdendo para a Rússia na decisão. Algumas veteranas, como Sheilla, já adiantam que a disputa será a última de sua carreira na seleção.

"O momento agora é de comemorar pouco ou de não comemorar. Daqui a duas semanas vamos viajar de novo para outra competição, e muito importante. Já batemos duas vezes na trave no Mundial, e sabemos que, ficando em segundo, não temos o mesmo reconhecimento. Espero que o grupo mantenha o foco. O Mundial é completamente diferente", avisa a ponteira Jaqueline.

Algumas seleções não enviaram ao Grand Prix sua força máxima. É o caso da Rússia, que convenceu Ekaterina Gamova a retornar para o Mundial, e ainda tenta demover Lyubov Sokolova da decisão de se aposentar. A China também preservou quatro de suas titulares.

"Para mim, a Gamova é 60% do time da Rússia. Vamos ter que ralar bastante para ganhar delas", diz Camila Brait, que reconhece que alguns resultados do Grand Prix são enganosos. "Em algumas fases os treinadores aproveitam para rodar todo mundo (dar ritmo a jogadoras reservas). É bom para a gente conhecer as outras seleções, porque tem muita menina nova e alta surgindo. A gente vai tendo uma noção do que nos espera em 2016", acrescenta a líbero, que disputou a primeira competição como titular, após a aposentadoria de Fabi.

Para a capitã Fabiana, o importante para a conquista foi o espírito de grupo - depois da derrota para a Turquia na primeira rodada da fase final, o Brasil teve de vencer todas as demais quatro partidas - e conseguiu. "Nos momentos difíceis conseguimos nos juntar e escapar das dificuldades".

Racha

Por falar em união e coesão, o Grand Prix revelou que ainda há fissuras no grupo, que teve problemas durante a Olimpíada de Londres. A levantadora reserva Fabíola, após um desentendimento com o técnico José Roberto Guimarães, chegou a dizer que deixaria o grupo após o desembarque no Brasil.

Nesta terça, no aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, ela negou que tenha essa intenção. "Houve apenas uma divergência normal que acontece dentro de grupo. Somos seres humanos, temos nossos desentendimentos normais", disse a jogadora, bastante incomodada com o vazamento desta informação.

Segundo a assessoria da CBV, José Roberto viajou de Tóquio para a Itália, onde está vistoriando ginásios de treino e academias de ginástica que possam acomodar a seleção durante sua participação na primeira fase do Mundial, em Trieste.

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