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A goleira brasileira Babi parou todas as tentativas de reação da Dinamarca na semifinal do Mundial de Handebol | Georgi Licovski / EFE
A goleira brasileira Babi parou todas as tentativas de reação da Dinamarca na semifinal do Mundial de Handebol| Foto: Georgi Licovski / EFE

Grande emergente no cenário mundial, a seleção brasileira feminina de handebol não tomou conhecimento da potência Dinamarca, maior campeã olímpica, venceu por 27 a 21 nesta sexta-feira (20) e avançou para disputar sua primeira final de um Campeonato Mundial. Desta forma, também garantiu uma medalha pela primeira vez. A final será no domingo, 14h15 (de Brasília), contra a Sérvia, dona da casa.

A lista de feitos conseguidos pela equipe comandada pelo dinamarquês Morten Soubak e que conta com Alexandra, melhor jogadora do mundo em 2012, é enorme. A começar pelo desafio à hegemonia europeia. Nas 20 primeiras edições de Mundiais, a Coreia do Sul foi a única não-europeia a chegar às semifinais.

Para o Brasil, a decisão é um salto enorme na história da modalidade, que só em 2005 havia passado da fase de grupos. Em 2011, jogando em casa, as brasileiras foram as melhores da fase de classificação, mas pararam na Espanha nas quartas de final. Na Olimpíada de Londres, a mesma coisa, com derrota de virada para a Noruega, depois medalhista de ouro, também nas quartas.

O tabu foi quebrado com vitória sobre a Hungria, quarta-feira, após duas prorrogações. Diante da Dinamarca, ouro olímpico em 1996, 2000 e 2004, o Brasil era favorito. Afinal, havia vencido por cinco gols de diferença na fase de grupos. Nesta sexta confirmou o status liderando o jogo todo.

Adversária da final, a Sérvia também perdeu do Brasil na primeira fase, num jogo em que sempre esteve atrás no placar. Mas as donas da casa contam com uma torcida impressionante. Nesta sexta, na outra semifinal, contra a Polônia - vitória por 24 a 18 -, 18.236 pagaram ingresso e baterem o recorde de público da história dos Mundiais de Handebol.

O jogo

A Dinamarca só ficou na frente do placar por 40 segundos. O tempo entre o primeiro gol do jogo, marcado pelas europeias, e o gol de empate, feito por Alexandra. Eficiente, o Brasil marcou mais dois gols na sequência, abriu 3 a 1 e passou a determinar o ritmo do jogo.

Muito bem na defesa e aproveitando um claro nervosismo da Dinamarca, que muitas vezes desperdiçou ataques sem nem arremessar, o Brasil foi ampliando a folga até chegar a 10 a 5. Foi quando as brasileiras sofreram um apagão e permitiram uma aproximação: 11 a 9.

Time mais indisciplinado do Mundial, as brasileiras levavam punições de dois minutos, enquanto as dinamarquesas seguiam sempre com time completo. Na primeira suspensão das europeias, o Brasil fez três gols seguidos e fechou o primeiro tempo em 14 a 10.

Na volta do intervalo, as dinamarquesas tentaram acelerar o jogo e abriram espaço para contra-ataques. O time brasileiro aproveitou bem as primeiras oportunidades e foi ampliando a vantagem. Quando a coisa apertou, Babi, candidata a melhor goleira do Mundial, salvou.

Nos oito minutos em que o Brasil ficou sem marcar gols, a goleira não deixou a Dinamarca ficar a uma diferença maior do que três. Mas então as europeias sofreram a segunda exclusão de dois minutos. Caminho para mais três gols do Brasil que determinaram uma vitória tranquila no fim.

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