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Curitibano Rafael Redwitz, que mora há dez anos na Europa, é um dos destaques da França na Liga Mundial | Divulgação FIVB
Curitibano Rafael Redwitz, que mora há dez anos na Europa, é um dos destaques da França na Liga Mundial| Foto: Divulgação FIVB

O curitibano Rafael Red­­witz já está habituado à tietagem das fãs do vôlei em inglês, francês e polonês. Em sua língua mãe, o português, o reconhecimento do público ao levantador ainda é novidade, embora o "alto clero" do voleibol brasileiro não tenha lhe poupado elogios.

As felicitações e elogios vieram do técnico da seleção nacional Bernardinho, das estrelas Bruninho, Leandro Vissotto e Lucão, que encontraram Rafael na terceira rodada da Liga Mundial, contra a França, em São Paulo.

O curitibano foi um dos destaques no duelo de sexta-feira passada. Naturalizado francês em abril, ele é o levantador titular da equipe e fez, no Ibirapuera, seu primeiro confronto contra seu país de origem. "Foi um momento de muito orgulho, minha família foi de Curitiba para São Paulo para me ver jogar, pude cantar o hino nacional brasileiro, todos na seleção brasileira se mostraram felizes por mim, pude rever pessoas que me ajudaram a chegar até aqui", conta.

Só faltou a vitória, que veio no dia seguinte, na primeira vez que a França bateu o Brasil (3 a 1) como visitante. O revés custou a ponta do Grupo A: o Brasil tem 13 pontos e disputa hoje (10 horas) e amanhã, em Brasília, a liderança contra a Bulgária, que tem 14.

Aos 32 anos, Rafael vive há dez na Europa, para onde embarcou em busca de oportunidades nas quadras. Passou por Espanha, França, Itália, Polônia, Rússia, somou cinco campeonatos nacionais e seis prêmios de melhor levantador.

Neste ano, volta a defen­­der um time francês, o Mont­­pellier. "O fato de ser brasileiro ajuda na Europa. É como no futebol: a escola do vôlei brasileiro é muito reconhecida e você já é visto com outros olhos", conta o levantador, que tem passagem pela equipe verde e amarela.

Em 2007, foi convocado para a Copa América, em Manaus (AM). Foi vice-campeão ao lado de Bruninho, perdendo a final para os EUA. A ideia de defender a França veio de um de seus técnicos no Velho Mundo, em 2009, já que o paranaense é casado com uma francesa – com quem tem uma filha. Rafael não descarta jogar por um time brasileiro.

"Na temporada passada, tive uma proposta do Medley/Campinas, mas fechei com o Iskra Odintsovo [da Rússia]. O Brasil segue crescendo no vôlei, quem sabe no futuro?", fala ele, que começou nas quadras do Colégio Positivo, passou pelo Círculo Militar e conheceu Bernardinho quando fazia parte da equipe de apoio do time feminino do Rexona, na década de 1990. "Jogávamos contra elas para terem treinos mais fortes", lembra o levantador, que hoje encara a Argentina, na casa dos hermanos.

Ao vivo

Brasil x Bulgária, às 10 horas, na RPC TV. Argentina x França, às 21 horas, no SporTV2.

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