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Pistorius chega ao fórum para a terceira semana do julgamento pelo assassinato da namorada Reeva Steenkamp. A mãe da vítima é a segunda à esquerda | Daniel Born / Reuters
Pistorius chega ao fórum para a terceira semana do julgamento pelo assassinato da namorada Reeva Steenkamp. A mãe da vítima é a segunda à esquerda| Foto: Daniel Born / Reuters

O julgamento de Oscar Pistorius pelo assassinato da modelo Reeva Steenkamp entrou nesta segunda-feira (17) na sua terceira semana com o depoimento de um especialista em armas de fogo. Sean Rens garantiu, ao falar ao júri em Pretória, que o atleta paralímpico tinha grande conhecimento sobre armas e sabia como deveria utilizá-las.

Meses antes de matar sua namorada, Pistorius sacou sua arma e adotou uma "atitude de combate" depois de ouvir um barulho que ele pensava ser um intruso em sua casa, mas na verdade se tratava do barulho de uma máquina de levar, revelou Rens, nesta segunda-feira, durante o seu depoimento.

O gerente da Academia Internacional de Treinamento de Armas de Fogo, localizada na cidade de Walkerville, também disse que teve várias conversas sobre armas com Pistorius, que é acusado de premeditar o assassinato de Reeva. Ele disse que o atleta paralímpico "tinha um grande entusiasmo por armas".

Rens declarou que conheceu Pistorius em 2012, que o treinou no uso de pistolas, que Pistorius pediu para que lhe vendesse um revólver e que montava uma coleção de armas. Em um bate-papo, Pistorius descreveu como foi surpreendido por um ruído em sua casa e decidiu sacar arma e revisar os cômodos.

"Ele entrou no que chamou de 'código vermelho' ou 'atitude de combate'", disse Rens. "Quando procurou a fonte do barulho, viu que era a máquina de lavar roupa ou algo assim".

Pistorius escreveu no Twitter sobre o incidente em novembro de 2012. "Nada como chegar em casa e ouvir a máquina de lavar e pensar que há um intruso para adotar atitude de combate e fazer um trabalho de reconhecimento até o porão".

Rens também destacou que Pistorius conhecia bem as regras sobre o uso de armas de fogo. O procurador Gerriel Nel, então, questionou o especialista sobre como havia instruído o atleta paralímpico a líder com diferentes situações, incluindo uma invasão da sua residência.

De acordo com Rens, Pistorius sabia que não poderia atirar contra os suspeitos. Assim, ele respondeu aos vários questionamentos com a resposta "não". A única exceção, segundo o especialista, seria quando o invasor avançasse em sua direção com uma arma. Nel estava tentando mostrar que o atleta paralímpico desrespeitou essas regras ao disparar em Reeva.

O atleta paralímpico defende que matou a sua namorada por acidente, na madrugada de 14 de fevereiro de 2013, ao atirar através da porta do banheiro depois de confundi-la com um intruso que tinha entrado em sua casa. A promotoria diz que Pistoris disparou depois de uma discussão acalorada.

A mãe de Reeva, June, foi ao tribunal nesta segunda-feira, apenas pela segunda vez desde o início do julgamento. A outra vez em que ela esteve presente foi exatamente na abertura da avaliação do caso, em 3 de março.

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