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Nascida em Nova Iguaçu (RJ), Lorrane veio treinar em Curitiba há três meses, na sede da Cegin | Antonio More/ Gazeta do Povo
Nascida em Nova Iguaçu (RJ), Lorrane veio treinar em Curitiba há três meses, na sede da Cegin| Foto: Antonio More/ Gazeta do Povo

O sobrenome é o mesmo. A potência nas apresentações do solo também. O duplo twist carpado é executado à perfeição por ambas. Com tantas semelhanças, a ginasta Lorrane dos Santos Oliveira, 15 anos, não se incomoda em ser comparada à veterana Daiane dos Santos. Ao contrário: gosta. Afinal, a carioca que treina em Curitiba se tornou ginasta porque viu a Pérola Negra fazendo suas acrobacias pela tevê, em 2002, quando tinha 4 anos.

Lorrane é vista como uma espécie de Daiane versão 2.0 por carregar características semelhantes à da gaúcha, mas com chances de ir além por ter começado a ter treinamentos específicos antes da veterana. Aos 7 anos, convenceu a mãe que queria ser ginasta. Foi matriculada em aulas de circo. Dois anos depois, passou em um teste para a escolinha de ginástica do Vasco. No ano seguinte, foi para o Flamengo.

"É muito boa ginasta. Tem a mesma potência da Daiane. É mulata, tem essa força explosiva. É o tipo de ginasta que gosto de treinar. Se seguir treinando sério e tiver a sorte de não se machucar, pode conseguir grandes resultados internacionais. É ótima na paralela e na trave. Excelente no solo, embora precise melhorar seus saltos", diz o técnico ucraniano Oleg Ostapenko, que coordena os trabalhos em dois turnos da garota, na sede da Cegin (Centro de Excelência de Ginástica), em Curitiba.

No último fim de semana, Lorrane foi a 8.ª colocada no individual geral e 3.ª no solo no Campeonato Brasileiro adulto e campeã da 2.ª Etapa do Circuito Caixa, ambos disputados em Vitória (ES). "Competir e ir bem entre as adultas me dá uma boa noção do que posso fazer no Sul-Americano juvenil", fala a ginasta sobre o próximo compromisso, no final deste mês, na Colômbia. Os bons resultados se repetiram nas demais competições que disputou neste ano. Em maio, foi vice-campeã individual geral do Troféu Brasil e da primeira etapa do Circuito Caixa, em Toledo. No mês seguinte, foi campeã por equipes com a seleção brasileira no Torneio Internacional de Ipswich (Inglaterra). No mesmo mês, venceu um torneio para juvenis, realizado em Penza (Rússia).

A fluminense nascida em Nova Iguaçu veio parar em Curitiba há três meses, depois que a equipe de treinamento do Flamengo foi desfeita. A adaptação à nova casa, diz, foi rápida. "Já estava acostumada a morar fora de casa. No Rio, eu passava a semana na casa de uma amiga e, nos fins de semana, ia visitar minha família em Nova Iguaçu". Os resultados dos treinamentos também apareceram logo. "Desde que cheguei a Curitiba melhorei 100%. Aqui, temos uma preparação física que pega bastante, bem específica. Estou conquistando o que eu queria. Aqui vou receber bolsa para treinar, ter tudo o que me faltava no Rio", diz.

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