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A Confederação Brasileira de Judô (CBJ) apresentou oficialmente nesta terça-feira (01) a delegação brasileira que vai aos Jogos de Londres. Pela primeira vez em Olimpíadas, a equipe estará completa, com atletas tendo obtido a classificação para todas as 14 categorias de peso, algo que só outras três potências do esporte conseguiram: França, Japão e Coreia do Sul.

Também pela primeira vez, o que definiu os brasileiros olímpicos foi exclusivamente o ranking olímpico. Por isso, em entrevista coletiva realizada na tarde desta terça no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, o coordenador técnico da CBJ, Ney Wilson, exaltou que 143 judocas tiveram a oportunidade de viajar para competir durante o ciclo olímpico.

O Circuito Mundial de Judô, melhor estruturado, também permitiu que os brasileiros participassem, em quatro anos, de 113 competições, sendo 39 só no ano passado, realizando mais de 3 mil lutas - e vencendo mais de 2 mil delas. No total, foram 362 medalhas conquistadas por brasileiros.

Tudo isso credencia o judô a ser um dos esportes nos quais o Brasil tem mais esperança de medalhas. Paulo Wanderley Teixeira, presidente da CBJ, lembra que, diferente de outras modalidades, o judô não está priorizando os Jogos de 2016, que serão realizados no Rio. "Nosso futuro é agora. Tem que mostrar serviço a partir do momento que você tem apoio", disse, feliz com os resultados obtidos pelos brasileiros.

Mas o dirigente lembrou que faz 20 anos que o Brasil ganhou a medalha de ouro pela última vez - Rogério Sampaio, em 1992 - admitindo que tem essa meta para 2012. As maiores esperanças são com Leandro Guilheiro (categoria até 81kg) e Mayra Aguiar (até 78kg), ambos líderes do ranking mundial e que, por isso, terão uma chave privilegiada em Londres.

A maior parte dos atletas, porém, chegará à Olimpíada como cabeça de chave. Nesta situação está inclusive Maria Portela, que ocupava apenas a última das 14 vagas olímpicas da categoria até 70kg até semana passada, mas pulou para o oitavo lugar do ranking depois de faturar o título pan-americano vencendo na final a cubana Onix Cortes Aldana.

De acordo com Portela - que ao lado de Mariana Silva foi uma das duas últimas a garantir vaga - o judô brasileiro chega mais forte a Londres porque a seleção continua podendo contar com Flávio Canto. O medalhista olímpico, ao perceber que não teria como tirar a vaga de Leandro Guilheiro, se aposentou como atleta e passou a ser técnico de judô de solo (ne waza) da seleção. "As cubanas estão fugindo das brasileiras quando a luta vai para chão", contou ela.

A seleção brasileira de judô que vai a Londres terá, entre os homens: Felipe Kitadai (até 60kg), Leandro Cunha (até 66kg), Bruno Mendonça (até 73kg), Leandro Guilheiro (até 81kg), Tiago Camilo (até 90kg), Luciano Correa (até 100kg) e Rafael Silva (acima de 100kg). Entre as mulheres, as representantes são: Sarah Menezes (até 48kg), Érika Miranda (até 52kg), Rafaela Silva (até 57kg), Mariana Silva (até 63kg), Maria Portela (até 70kg), Mayra Aguiar (até 78kg) e Maria Suellen Altheman (acima de 78kg).

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