Piloto negocia novo autódromo em São José dos Pinhais

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São José dos Pinhais pode entrar na rota do automobilismo paranaense após o fechamento do Autódromo Internacional de Curitiba (AIC) para grandes eventos, a partir de julho de 2016.

O piloto e empresário paranaense Thiago Marques iniciou conversações com a prefeitura da cidade e com o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) para construir um novo circuito no município.

A intenção, contudo, não é fazer um circuito ultramoderno como outros projetos focados no AIC, mas sim manter Curitiba do mapa do esporte. “Não tenho sonhos mirabolantes. Não vai ser uma Indianápolis, mas queremos um autódromo sustentável, que gere empregos”, explica Marques à Gazeta do Povo.

“A primeira etapa é fazer algo simples, mas viável, para que a região não perca as corridas. Depois, com investidores, mais tempo, vamos pensar em outras etapas, em fazer um centro de interatividade, centro de exposições”,completa o piloto do Brasileiro de Marcas, que ainda está em busca da área onde ficaria a pista.

Segundo Marques, a ideia é levantar o circuito nesta versão mais básica até 2017 com um aporte de cerca de R$ 20 milhões. O investimento, porém, depende diretamente da qualidade do terreno.

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“Pensamos em fazer algo extremamente simples, que comporte receber todas as categorias nacionais. Um autódromo no estilo de Campo Grande-MS e Santa Cruz-RS. Mas tudo vai depender do tipo de solo que encontrarmos. Eu conversei com o proprietário do autódromo de Curvelo-MG [construído em 2015 e que estreia na Stock Car em 2016] e ele me disse que pode variar entre R$ 20 milhões e R$ 40 milhões, depende do chão que tiver por causa da vazão da água”, conta Marques, que vem de uma família ligada ao automobilismo. Ele é filho do ex-piloto Paulo de Tarso Marques e irmão do ex-piloto de Fórmula 1 Tarso Marques.

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A intenção inicial do piloto/empresário não era levantar um novo autódromo. Ele afirma que tentou encontrar soluções para tentar arrendar o AIC, mas não teve sucesso. Depois da negativa, partiu para o plano B e já se reuniu com o presidente do BRDE, o ex-governador Orlando Pesutti. “Estamos em contato. Mas o BRDE não vai doar nada, apenas está bem intencionado”, ressalta.

“Se o AIC continuar funcionando, não vamos nos meter em fazer uma nova pista. Mas queremos viabilizar. Não é que sou bonzinho, papai-noel. É meu negócio. Uso o autódromo para testar carros. É business. Tenho vontade de fazer algo bem feito”, fecha.

A reportagem entrou em contato com a prefeitura de São José dos Pinhais e com o BRDE, mas não obteve resposta até a publicação desta matéria.