Presidentes de clubes falam sobre prisão de Moura

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Presidentes dos clubes que disputam as quartas de final do Campeonato Paranaense 2006 se pronunciaram sobre a prisão do presidente da Federação Paranaense de Futebol (FPF). Na manhã desta segunda-feira Onaireves Moura foi preso sob a acusação de sonegação fiscal, falsidade ideológica e formação de quadrilha.

Os dirigentes fizeram questão de separar a vida pessoal de Moura da sua gestão na FPF. O presidente da Adap, Adilson Batista, saiu em sua defesa. "Particularmente, eu gosto do Moura. Na minha opinião ele contribuiu muito para o futebol paranaense. Questões particulares são difíceis de julgar", falou, já entrando no tema "não vamos misturar as coisas". "Claro que não é legal (a prisão), pois acabam relacionando uma coisa com a outra (a vida particular e a dedicada ao futebol). Mas eu votei nele e votaria de novo".

O presidente do Paraná, José Carlos de Miranda, também falou que as acusações não vão interferir no futebol. "Não sabemos se o Moura é culpado das coisas das quais o acusam. Enquanto não há uma decisão judicial, ficamos com o lado do futebol, no qual ele sempre foi correto", disse. O presidente do Coritiba, Giovani Gionédis, concordou com Miranda. João Augusto Fleury da Rocha chegou a defendeu Moura, mas em seguida criticou algumas atitudes do presidente da FPF. "Os estaduais são campeonatos falidos que perderam o sentido com a modernidade. Participamos do Paranaense sob protesto, para não sermos penalizados". Favorável à Copa Sul-Minas, Fleury completou. "Nossa esperança é de atuação imediata em relação a isso, senão não poderemos mais dar apoio político ao Moura", desabafou.

De Paranaguá veio a crítica mais forte à Moura. "Em tudo na vida tem de haver renovação, por que não na Federação?", disse José Carlos Possas, presidente do Rio Branco. "Quem quiser tomar uma atitude tem de fazer em prol do futebol do Paraná e não se aproveitar das circunstâncias", complementou. O cartola considera que a prisão denigre, "ainda mais", a imagem do futebol paranaense.

Da direção do J. Malucelli, o presidente Juarez Malucelli lamentou o futuro do esporte no Paraná. "Vejo essa prisão com pesar, pois nosso futebol está entrando em uma fase de desvalorização. Era preciso que houvesse mais investimento do estado e da iniciativa privada nele, e para isso seria necessário credibilidade".