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Principal item da candidatura de Curitiba para a Copa do Mundo de 2014, o metrô segue rendendo polêmica e gerando opiniões divergentes. A menos de um mês do anúncio da Fifa quanto às 12 subsedes do Mundial no Brasil, o presidente do Sindicato da Arquitetura e Engenharia (Sinaenco), José Roberto Bernasconi, acredita que o principal ponto do projeto curitibano pode sim sair do papel. Entretanto, o especialista atenta que não só na capital paranaense, mas em todo o país, o cronograma está atrasado.

"Não posso dar uma resposta 100% concreta porque não conheço todas as dificuldades do projeto nem o estágio dele, mas digo que é possível o metrô ser feito até lá, dependendo do método empregado. Outros fatores também influirão na construção, em quantas frentes você atuar ao mesmo tempo, mas é possível transformar 22 km em extensões de dois, três quilômetros. O que posso garantir é que Curitiba precisa de transporte de massa de alta capacidade e de qualidade. Ficar pronto é algo possível ou não", disse Bernasconi, por telefone, à Gazeta do Povo.

A opinião vai em direção do que já declarou o presidente do Instituto de Pesquisa Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc), Cléver Almeida, mas diverge do engenheiro e professor do Departamento de Trânsito da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Eduardo Ratton, que acha impossível um metrô fica pronto em menos de 10 anos.

De forma geral, os dirigentes paranaenses acreditam que, com o novo metrô e toda uma infraestrutura já montada em Curitiba, a cidade é presença certa na relação que a Fifa divulga no dia 31 deste mês nas Bahamas. De fato, o presidente do Sinaenco também mostra otimismo quanto à cidade compor a relação das subsedes e diz acreditar que São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Brasília e Salvador também estão garantidas.

A principal pergunta a ser respondida para a Copa de 2014, com metrô em Curitiba ou não, é: o país estará totalmente pronto até o Mundial?

"O adiamento não foi bom porque já estamos atrasados, com muitas providências por serem tomadas. O prazo foi reduzido e não estamos na velocidade que deveríamos para nos prepararmos. Isto não envolve apenas os estádios, mas sim toda uma infraestrutura, uma série de adaptações que precisam ser feitas. É preciso andar mais rápido, apesar de alguns projetos de arquitetura já estarem em estágio razoável. Andamos pouco e talvez percamos a oportunidade de fazer tudo que é possível não só para a Copa, mas para o país", afirmou.

Bernasconi acredita que, para Curitiba, as preocupações devem girar em pontos ainda pouco debatidos, como a construção de um terminal de passageiros no Porto de Paranaguá.

"Com estes terminais seria possível ampliar a capacidade hoteleira, levando em conta a vinda de transatlânticos para cá. Este tipo de projeto é possível e viável, estamos investindo pouco ainda em questões como esta. Acredito que Curitiba tem todas as condições de receber a Copa, é a cidade que mais impressionou, ao lado de Belém, já que ambas mostraram que estão fazendo a lição de casa. O Ippuc, por exemplo, mostrou um trabalho extraordinário no quesito adaptação da cidade para fluxo de turistas ", finalizou.

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