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René, em sua apresentação oficial | Rodolfo Bührer / Gazeta do Povo
René, em sua apresentação oficial| Foto: Rodolfo Bührer / Gazeta do Povo

O grupo

Questionado sobre o elenco alviverde, René comparou o momento atual com o de 2007. "Vou repetir o que disse em 2007, quando me perguntaram o que eu achava do elenco. Não conheço o elenco. Nomes eu sei, já vi jogarem, mas só se conhece um jogador quando ele joga contigo, trabalha contigo. Só se conhece quando enfrenta com ele uma situação adversa, uma confortável, momentos bons e também ruins".

Por outro lado, alguns dos jogadores que estão no elenco Coxa já atuavam ali quando René teve sua primeira passagem. "Alguns eu já conheço, como Edson Bastos, Vanderlei, Felipe, Marlos, Mancha, Pedro Ken, entre outros. Agora vamos trabalhar para identificar os jogadores com quem ainda não trabalhei".

"O Coritiba é diferente". Mesmo após ignorar o assédio de quatro equipes brasileiras, além de "dar de ombros" para dólares e/ou euros vindos do exterior (propostas de outros três times), René Simões não conseguiu dizer não ao seu clube de coração. "Sou Coxa e trabalhar aqui no ano do seu centenário pesou muito na minha decisão", afirmou o novo treinador alviverde.

Primeiro nome na lista de técnicos cogitados para assumir o posto deixado por Ivo Wortmann, René sempre foi o favorito da torcida. Campanhas pela internet, que incluíam bigodes artificiais (marca registrada do treinador) adicionados às fotos de perfis em sites de relacionamentos, foram o carro chefe do movimento "Volta René".

Nesta sexta-feira (24) a diretoria confirmou oficialmente a contratação do treinador e o apresentou para a torcida para as disputas da Copa do Brasil, Brasileirão e Copa Sul-Americana, além das duas últimas rodadas do Paranaense. "Estou muito feliz. Tive várias propostas, mas não me sensibilizei. Mas um convite do Coritiba é diferente. Volto para cá muito feliz, animado e com ótimas referências deste grupo de jogadores", disse, em entrevista publicada no site do clube.

Ao contrário do que se imaginava, René Simões pegou no batente logo nas primeiras horas do seu novo vínculo. Contudo, apesar de ter conversado com seus jogadores e comandado um treino secreto no Couto Pereira, o treinador garantiu que não irá para o banco de reservas no clássico Atletiba, que será disputado domingo (26), na Arena da Baixada. "Deixei o time como o Edison (Borges, interino) montou. Só dei uns pitacos no condicionamento físico".

Famoso por suas habilidades motivacionais, René foi direto ao ponto na primeira conversa com os jogadores. "Achei o time muito tenso. Pedi para eles relaxarem um pouco. Precisam de mais alegria. Estamos no ano do centenário do clube. Não tem que ter pressão, mas sim motivo de orgulho. Temos que curtir isso, dar uma relaxadinha, mas sempre fazer o trabalho com seriedade, comprometimento e dedicação. Um centenário só vai repetir daqui a 100 anos e não poderemos aproveitá-lo".

Objetivos

A primeira meta de René Simões será unir grupo, diretoria, torcida e comissão técnica. "O centenário merece que todos corram riscos. Quero ver a torcida fazendo do Couto Pereira um caldeirão, quero atitude da diretoria, uma oposição calma e vibrando com o centenário, uma comissão técnica participativa e cada jogado sabendo deste ano importante, que não é como outro qualquer. Curta o momento e faça com que ele seja belo", recomendou.

A conquista do Campeonato Paranaense não depende do novo treinador, segundo o próprio René Simões. Para ele, quem pode prometer o título – que só aconteceria se o Coritiba vencesse os dois jogos que lhe faltam e o J.Malucelli e o Atlético tropeçassem – são os jogadores. "Não posso dar essa esperança, mas o elenco pode. A torcida tem que ter esperança, ir lá e brigar junto com o time. O Iraty não veio aqui e não ganhou? Como não podemos ir lá e ganhar também. Não sou mágico e nem milagreiro. O jogador tem que acreditar".

René falou também do comprometimento que o time deve ter, independente da competição. "A primeira coisa que fiz foi lembrá-lo que na vida você é motivado por duas cosias: medo de perder e não conseguir, e a vontade de ter e conseguir. Embora contraditórios, fazem parte da mesma coisa: motivação. Você precisa ter esses sentimentos jogando contra o Iraty, Palmeiras, Santos, entre outros. Como você se compromete e cuida dos detalhes é que faz a diferença".

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