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Carolina Bergamaschi  sonha com recordes nos 50 m livre, 100 m livre e nos 100 m peito | Albari Rosa/ Gazeta do Povo
Carolina Bergamaschi sonha com recordes nos 50 m livre, 100 m livre e nos 100 m peito| Foto: Albari Rosa/ Gazeta do Povo

Números decoram o teto da nadadora Carolina Bergamaschi. Os algarismos representam os tempos que ela pretende atingir na piscina. Atualmente, estão estampadas: 26s032 para os 50 m livre, 58s050 nos 100 m livre e 1min11s090 nos 100 m peito, índices abaixo do recorde brasileiro na categoria juvenil I.

A contar pelos últimos resultados, as metas não são pretensiosas demais. Nas Olimpíadas Es­­colares Brasileiras – realizadas de 5 a 15 de novembro em Londrina e Maringá –, Carolina conquistou cinco medalhas de ouro (nos 50 m e 100 m peito, 50 m livre e nos revezamentos 4x50 m livre e 4x50 m medley) em seu primeiro ano na categoria de 15 a 17 anos. Assim, tornou-se a sensação do campeonato.

Ela repetiu o número de me­­dalhas douradas de 2008, na categoria de 12 a 14 anos dos Jogos. "Não esperava repetir o feito este ano, em que estreei entre atletas mais velhas", conta. Acostumada a competir em piscina longa (50 metros), enfrentou as provas na piscina curta (25 metros) a céu aberto do Canadá Country Clube de Londrina, debaixo de chuva.

"O nível técnico da competição aumentou, mas Carol deu um grande salto técnico no segundo semestre deste ano, quando quebrou a barreira do 1 minuto nos 100 m livre", afirma o técnico Wellington Soares, que já treinou atletas como Thiago Pereira (seis ouros no Pan de 2007), quando este disputava as provas do juvenil. "Foi um alívio quebrar essa marca. Fiquei um tempão sem conseguir baixar seis centésimos", conta Carolina.

Animada com o desempenho em Londrina, a novata pensa atingir os tempos anotados no teto a partir de quinta-feira, quando começará o Campeonato Brasileiro Juvenil, em Curitiba. A competição vale índice para os Jogos Olímpicos da Juventude em agosto de 2010, em Cingapura. Carolina quer classificar-se para ao menos uma das provas.

Natural de Joinville (SC), a garota está em Curitiba desde o início de 2008, quando recebeu convite para treinar no Clube Curitibano. Aos 13 anos, deixou a família para treinar na capital paranaense, onde recebe bolsa de estudos parcial e ajuda de custo do clube nas competições, além de R$ 300,00 mensais do Bolsa-Atleta. Fala com a família diariamente via telefone e msn. Quando a saudade afeta o desempenho na água, "ganha" do técnico um fim de semana para visitar os pais.

Mora com a família de outro expoente da natação paranaense, Alessandra Marchioro, vencedora dos 100 m livre e do revezamento 4x50 m livre nas Olimpía­­das Escolares. O dia de Carolina resume-se à escola e aos treinos. Ela conta que ainda conhece pouco de Curitiba, porque, ao contrário da maioria das adolescentes, não gosta muito de sair. Os amigos com quem divide as horas vagas são os que fez nas piscinas.

Seu técnico a define como "guerreira". Ela é mais incisiva: "Sou competitiva", diz. Espírito que pretende usar para somar títulos pensando a longo prazo. "Nos Jogos Olímpicos de Londres, vou estar com 18 anos. Acho que dá para pensar em compor a seleção. Em 2016, quero representar o Brasil. Competir em casa será maravilhoso", sonha.

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