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Jorginho lidera a saída de campo do Atlético após a derrota para o São Caetano: aproveitamento baixo custou o emprego do treinador | Antonio Costa / Gazeta do Povo
Jorginho lidera a saída de campo do Atlético após a derrota para o São Caetano: aproveitamento baixo custou o emprego do treinador| Foto: Antonio Costa / Gazeta do Povo

O jogo

Após um primeiro tempo e um começo de etapa final de dar sono, o técnico Jorginho, do Atlético, tentou ousar nas substituições. Não deu certo e a consequência foi o gol de Geovane, do São Caetano, em uma linha de passe de cabeça dentro da área.

A derrota do Atlético para o São Caetano, por 1 a 0, ontem, no Carangueijão, custou o emprego do técnico Jorginho. Após 39 dias no comando do Furacão, tendo acumulado uma campanha de quatro vitórias, um empate e quatro derrotas (aproveitamento de 48,1%), o treinador que havia chegado para o lugar de Ricardo Drubscky – outro que durou pouco, apenas 15 dias – foi despedido. Com isso o Rubro-Negro vai para o quarto comandante no ano. Juan Ramón Carrasco iniciou a temporada no cargo.

A demissão de Jorginho chegou a ser constrangedora. Depois da derrota, o técnico foi para a entrevista coletiva e respondeu a diversas perguntas normalmente, visando à sequência da competição. Logo em seguida, o vice-presidente de futebol do Atlético, João Alfredo Costa Filho, deu a notícia para a imprensa.

"Não deu certo com o Jorginho, alguma coisa falhou, mas vamos anunciar o novo técnico em breve", resumiu o dirigente. "Qualquer planejamento quando tem alguma coisa errada, tem de ser corrigido imediatamente. Vamos ver se acertamos no próximo", completou.

Jorginho chegou ao clube com o status de ter subido a Portuguesa à divisão de elite, no ano passado. Das 11 contratações feitas desde que assumiu a função, 7 foram indicadas por ele: Maranhão, Wellington Saci, Felipe, Derley, Renato Chaves, Henrique e Marcão (os dois últimos estrearam ontem). Completam a lista João Paulo, Pedro Botelho, Elias e Jorge Santos.

Com tantos reforços desembarcando no Furacão, o vice de futebol rubro-negro teve de responder se o problema é o comando ou a limitação do plantel. "Fica difícil fazer um prognóstico [diagnóstico] se é o técnico ou o elenco. Aos poucos, as coisas vão se encaixando e darão certo em um futuro breve", disse, otimista, João Alfredo Costa Filho.

No final, restou a Jorginho improvisar uma entrevista coletiva de despedida, visivelmente incomodado. "Futebol é assim. Não tem planejamento. Tem resultado, o que é normal. A diretoria está tentando de tudo", opinou. "Todo mundo fica desesperado quando a coisa não está boa. Tem de compreender. Estamos tristes por não poder ajudar mais o Atlético, mas felizes por ter tido a oportunidade", finalizou. O agora ex-treinador ainda pediu apoio e paciência da torcida com a direção, os jogadores e seu substituto. "Pena que não tivemos a Arena e um campo bom para jogar", lamentou.

Em seu jogo derradeiro pelo Atlético, Jorginho viu suas alterações complicarem o time. Ao tirar o lateral-direito Gabriel Marques e o meia Felipe para a entrada de dois atacantes, Marcelo e Thiago Adan, a equipe ficou sem criatividade na armação. O gol de Geovane, do São Caetano, após troca de toques de cabeça na área rubro-negra, foi a consequência final.

Depois da partida os gritos de "Terceira Divisão" e "vergonha, vergonha" destacaram-se no Gigante do Itiberê. O Atlético está agora em 11.º lugar na Série B, nove pontos atrás do G4 e seis pontos acima da zona do rebaixamento. O time volta a jogar na terça-feira contra o América-RN, fora de casa.

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