Se vencer Azulão, Atlético deixa vaga bem encaminhada

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São Caetano do Sul, 16h20

O Atlético tem hoje uma chance de ouro para encaminhar de vez a volta à Primeira Divisão. Contra o São Caetano, às 16h20, no Estádio Anacleto Campanella, no ABC paulista, tem a oportunidade de abrir quatro pontos sobre o concorrente direto e, restando apenas quatro rodadas (12 pontos), ficaria muito próximo da promoção. Classificação que colocaria o elenco em um novo patamar de valorização.

Essa lógica vale principalmente para os jogadores que chegaram com o campeonato em andamento e que assinaram vínculos longos com o Rubro-Negro. Seria, dessa forma, a afirmação de que o clube paranaense foi a melhor escolha, abrindo as portas da elite do futebol brasileiro, uma vitrine bem mais glamorosa do que a acanhada Série B.

"Para mim, [o acesso] vai ser muito bacana. Voltando ao Brasil, para um clube como o Atlético, e logo nos primeiros quatro meses já conseguir um acesso para a Primeira Divisão vai ser maravilhoso para mim e para todos os companheiros também", reconheceu o lateral-esquerdo Pedro Botelho, que saiu cedo do Brasil, aos 17 anos, e voltou após várias temporadas no futebol espanhol, onde defendeu Salamanca e Levante, entre outros – o lateral assinou até 2015 com o Atlético.

Além dele, quatro outras contratações têm contrato de pelo mais três anos. O limite de 2015 vale também para o goleiro Weverton, o volante João Paulo e o atacante Marcão. Um ano antes vence o vínculo do meia Elias. Quem já estava no CT do Caju – Manoel, Deivid e Marcelo – também estendeu a permanência até 2015. Ou seja, apenas três dos titulares estão emprestados até o final do ano, dando, inclusive, uma base para iniciar 2013. Cenário bem diferente da queda no ano passado, em que a maioria dos jogadores cumpria empréstimos no Furacão.

A valorização, aliás, também se estende à comissão técnica, em especial ao treinador Ricardo Drubscky. Com o acesso, ele pode, enfim, ser efetividade no cargo – até agora ele responde como treinador interino, mesmo estando na ativa há 18 rodadas.

Para ele, a classificação teria um gosto especial, permitindo sonhar com novos horizonte dentro do Rubro-Negro. "Objetivo é subir e todos os profissionais vão crescer com isso. Eu vou ter uma ascensão que estou buscando há muitos anos. Tenho pretensões de crescer e quero crescer no Atlético", comentou.

Mas, por enquanto, o discurso é de pé no chão, já que ainda tem o São Caetano e outros quatro adversários pela frente. "Por viver essa realidade do futebol brasileiro, é prudente concentrar ainda na Série B e esperar para ver o que destino nos reserva. O Atlético tem estampa e tem jogado com qualidade para subir. Mas isso fica, por enquanto, no campo das hipóteses", completou o treinador.