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Kamali (com a bola) teve o contrato renovado por mais seis meses no Atlético | Daniel Castellano/Gazeta do Povo
Kamali (com a bola) teve o contrato renovado por mais seis meses no Atlético| Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo

A notícia da contratação de Kamali pelo Atlético, em maio do ano passado, pegou todos de surpresa. A Gazeta do Povo informou no dia seguinte que se tratava de um negócio "bombástico" e questionou o que o Rubro-Negro pretendia com a aquisição de um desconhecido atacante árabe de apenas 18 anos.

Na época a explicação era de que a vinda de Kamali – apresentado com status de estrela pelo então presidente do Conselho Deliberativo Mário Celso Petraglia – deveria ser olhada pelo lado do "business". Poderia abrir portas no mundo árabe para o Furacão. Paralelamente, o clube buscava fechar parceria com Emirates, principal companhia aérea dos Emirados Árabes Unidos.

A estratégia, porém, não surtiu efeito. Preocupada com a imagem da empresa, que havia acabado de lançar o voo São Paulo-Dubai, a Emirates optou por não se aliar a nenhum time do futebol brasileiro – o São Paulo também cortejou a companhia.

Agora, quase nove meses depois, a versão é outra. De acordo com Marcos Malucelli, presidente do Conselho Administrativo atleticano, a passagem de Kamali pela Baixada pode ser classificada como um grande estágio. "É um atleta novo (completou 19 anos em dezembro), em formação. Veio para aperfeiçoar o seu futebol e voltar a jogar no seu país", explicou ele, eleito no fim do ano passado. Ou seja, o Atlético não tem a pretensão de usá-lo na equipe profissional.

O contrato do atacante, que terminaria ontem, foi prorrogado por mais seis meses. "Tivemos alguns benefícios (com a contratação de Kamali). O time sub-23 excursionou no ano passado (em setembro) na região. E devemos retornar para alguns jogos neste ano", informou o dirigente.

Enquanto isso, o árabe segue seu "intensivão" no CT do Caju. Incorporado ao grupo principal no começo da temporada, vem tentando desvendar o segredo dos boleiros nacionais. Quem trabalhou com Kamali, vê progressos. "Ele tem uma estrela impressionante. Entra no jogo e aparecem duas ou três chances de gol. Nunca vi coisa assim", afirmou Cleocir Santos, o Tico, ex-técnico do sub 23. "Mas ainda tem deficiência na parte técnica, não possui a mesma competitividade dos brasileiros pelo fato de treinarem pouco em seu país."

Por ora, o gol de oportunismo marcado contra o Iraty, aos 48 do segundo tempo, pela Co-pa Paraná-08 – a partida terminou 1 a 1 – é a única lembrança da esticada estadia de Abdulla Al Kamali no Furacão.

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