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Ela ajeita a bola no pequeno pedaço do braço direito incompleto e levanta-a para o ar para uma cortada seca. Nem mesmo as chinesas podem com a maior estrela do tênis de mesa da Paralimpíada, a polonesa Natalia Partyka. Não é para menos. O nível de sua técnica é tão elevado que há algumas semanas ela disputava de igual para igual a Olimpíada de Londres contra rivais sem deficiência. Assim, sendo, não foi surpresa sua medalha de ouro na competição individual feminina, classe S10, e os vários outdoors com sua foto promovendo os Jogos.

Agora, ela disputa a competição por equipes, onde sua presença faz da Polônia favorita. Nesta quinta-feira o time eliminou o Brasil nas quartas de final por equipes classe 6-10 por 3 jogos a 1. E Natalia foi decisiva: ganhou de Bruna Alexandre e Jane Rodrigues.

A maratona de duas competições praticamente na sequência não abala a mesa-tenista. "Nem descansei depois dos Jogos porque precisei retornar logo ao meu país e aos treinos para me preparar", revelou. Participar de competições olímpicas e paralímpicas para ela, não é um desafio novo: ela já fez esta dupla jornada em 2008. "Anualmente jogamos uma temporada na qual fazemos muitas viagens e o ritmo é intenso. Olimpíada e Paralimpíada são competições especiais, mas não alteram minha rotina de forma significativa."

Natalia fala de seu processo de aprendizado. "Na verdade comecei a jogar tênis de mesa contra pessoas sem deficiência e só depois descobri o tênis de mesa paralímpico", contou. Por este motivo, pareceu natural à atleta disputar os Jogos entre atletas com e sem deficiência. "Eu demorei mais a participar de grandes eventos contra adversários convencionais porque levei tempo para aprimorar meu tênis de mesa. No início não era boa o suficiente e tive de treinar muito para chegar até aqui", disse.

A polonesa conta que sua rotina não tem grandes diferenças das de outros atletas. "Talvez um pouco na parte de fisioterapia", relatou. Partika não esconde sua intenção de disputar as duas versões dos Jogos do Rio, os Olímpicos e Paralímpicos, mas é cautelosa. "Antes de qualquer coisa tenho de me classificar e isso na Polônia não é muito fácil."

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