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Futuro

Sem dinheiro e calendário

Um futuro sombrio aguarda o Paraná com a queda para a Segunda Divisão local. Sem dinheiro e refém de empresários, o clube não tem ideia de que time colocará em campo na Série B nacional, a partir de maio – apostar em um elenco rebaixado no Estadual se mostrou inviável. E o pouco tempo – e verba – para a reformulação trabalha contra. Para 2012 as notícias também não são boas. Se não voltar à elite do Brasileiro, o Tricolor terá suas finanças mais desfalcadas, já que, de cara, perdeu o dinheiro oriundo da transmissão do Paranaense, estimado em R$ 800 mil. Outra baixa vem da bilheteria. Se a Federação Paranaense de Futebol (FPF) não alterar a programação dos campeonatos, a Segundona só começará em maio. Ou seja, o time terá as "férias" estendidas para cinco meses, ficando sem entrar em campo de dezembro a abril. "Estamos assumindo uma conta que ficou do passado. Se fosse uma empresa, o Paraná já teria falido por causa de ações trabalhistas", resumiu Aquilino Romani, presidente tricolor, em entrevista à Rádio Banda B.

Carlos Eduardo Vicelli

Após vexame, Paraná se apega ao tapetão

Com o rebaixamento selado em campo e a segunda pior campanha do Paranaense 2011, o Para­ná agora se apega ao tapetão pa­­ra tentar dar a volta por cima. O clube pretende declarar-se terceiro interessado na ação movida pela promotoria do Tribunal de Justiça Desportiva do Paraná (TJD-PR) contra o Rio Branco, que, até ontem, era concorrente direto do Tricolor ao descenso.

O time do litoral é acusado de ter escalado irregularmente o atleta Adriano de Oliveira San­­tos, com o número de registro na Federação Paranaense de Fute­bol (FPF) de outro atleta, quase homônimo (Adriano Oliveira dos Santos).

Em primeira instância, o Leão da Estradinha foi condenado por causar julgamento desnecessário e erro grosseiro, recebendo multa de R$ 27,5 mil. "Naquele momento, não era interessante proecessualmente [pedir interesse no julgamento]", explicou o advogado paranista, Alessandro Kishino.

Como a procuradoria do TJD-PR recorreu do resultado, insistindo na tese da escalação irregular, o Paraná pretende mostrar-se, oficialmente, interessado na questão. O caso vai a julgamento no pleno, ainda sem data definida. O resultado pode ser ainda levado a instância máxima, o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), no Rio de Janeiro. (AB)

De cabeça baixa e literalmente pelas portas dos fundos. Foi melancólica a despedida do Paraná da Primeira Divisão do futebol paranaense, ontem à tarde, na Vila Capanema. O empate por 2 a 2 com o Arapongas – combinado à goleada de 5 a 0 do Paranavaí contra o Rio Branco, no Noroeste do estado; e o empate do Iraty, em casa, contra o Operário (1 a 1) – decretou a queda dos tricolores com uma rodada de antecedência.

O silêncio da diretoria, jogadores e comissão técnica imperou após a histórica derrocada. Uma das poucas declarações do presidente Aquilino Romani foi em entrevista à Rádio Banda B, em que afirmou que caso alguém tenha capacidade e siga o estatuto do clube, não haverá problema [para assumir o seu cargo]. "Já sofri demais por esse clube", declarou.

Romani assistiu ao empate do Tricolor do camarote e deixou o estádio 15 minutos depois do apito final por uma saída estratégica, escoltado por seis seguranças. Foi seguido por seu assessor, Márcio Villela, e pelo presidente do Conselho Deliberativo, Benedito Gomes Barboza. A reportagem da Gazeta do Povo tentou falar com os dirigentes, mas foi impedida pela segurança. "Minha vontade é mais de chorar do que de falar", limitou-se a dizer Barboza.

Ao fim do jogo, os jogadores seguiram rapidamente ao vestiário, alguns com a cabeça coberta pelos uniformes, sob as vaias e gritos de "Vergonha!" e pedidos de renúncia da atual diretoria. O único a falar foi o capitão Luiz Henri­que Camargo. "Ninguém aceita [a situação]. Assumo meus erros, mas sei que só eles não foram os responsáveis por isso [o rebaixamento]".

Integrantes da torcida Fúria Independente ameaçaram com atos de violência, ao tentarem derrubar o alambrado que separa o setor Curva Norte das cadeiras, onde ficam as cabines de imprensa e camarotes da diretoria. Foram logo contidos pela Polícia Militar. Já no site do clube havia singela menção à notícia do empate com o Ara­­pon­gas, sem menção ao rebaixamento do clube no Estadual.

O destino paranista foi selado aos 38 do 2º tempo, com o gol de George, que empatou o jogo, numa falha do goleiro Thiago Rodrigues, que já havia livrado o time antes defendendo um pênalti. Na etapa inicial, a equipe de Ricardo Pinto desceu para o vestiário vencendo por 2 a 1.

Dois minutos após o time do interior fechar o placar, pouco mais de 3,5 mil torcedores começaram a abandonar o Durival Britto. Os que ficaram na arquibancada deixaram a imagem de choro e decepção – a pior cena nos 21 anos de história do clube.

O jogo

O Arapongas saiu na frente, com gol de Wellington. Em seguida, em pênalti duvidoso, o Paraná empatou com Léo. Na sequência, o goleiro paranista Thiago Rodrigues defendeu pênalti. Embalado, os donos da casa viraram com Léo. No segundo tempo, quando o técnico Ricardo Pinto já administrava a vitória, Thiago falhou e George decretou a vitória do Arapongas – e queda do Paraná. Choro na Vila.

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