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Em 2008, a comemoração veio como um desabafo | Antônio Costa / Gazeta do Povo
Em 2008, a comemoração veio como um desabafo| Foto: Antônio Costa / Gazeta do Povo

ENQUETE: Qual o Atlético x Flamengo mais marcante da Arena? Participe!

  • Em 2007, Marcelo Macedo e Edno comandaram a vitória do Furacão
  • Ferreira, em grande fase no ano de 2006, fez um dos gols da vitória Atleticana
  • Ferreira e Finazzi. Dupla fez muitos gols em 2005
  • Washington
  • Ilan marcou três gols na goleada do Atlético. Kléberson acompanhou tudo de perto
  • Em 2001 o personagem principal da festa atleticana foi o torcedor. O grito de
  • Em 1999, Kléber Pereira mostrava que faria história com a camisa do Furacão

Que o Flamengo é freguês dos times paranaenses no futebol, quase todo mundo sabe. Agora a vantagem que o Atlético tem sobre o rival carioca chega a impressionar. Há exatos 35 anos o Furacão não é derrotado pelo Rubro-Negro carioca jogando em Curitiba. Em todo esse tempo, as equipes se enfrentaram em 14 oportunidades, sendo que em 11 delas o Atlético foi o vitorioso. Três jogos terminados empatados.

Se depender do retrospecto jogando em casa, o Furacão entra em campo como favorito no próximo domingo. A partir das 16 horas, no Estádio Joaquim Américo, as equipes se enfrentam pela 23ª rodada do Brasileirão. Aliás, falando em Arena da Baixada, após sua reinauguração, o Furacão enfrentou o Flamengo nove vezes e venceu oito vezes.

Cada jogo com uma história, cada história recheada de emoções, fatos pitorescos e momentos marcantes. Tanto para os torcedores, como para jogadores e treinadores. Veja, a seguir, alguns deles.

1999 - Atlético 3 x 2 Flamengo. "A reinauguração"

A nova Arena da Baixada era o sonho de todo o torcedor atleticano. Depois de passar por maus bocados precisando se espremer no "velho" Joaquim Américo e piores ainda no alugado Pinheirão, a torcida finalmente pôde voltar para casa. Naquela época o time tinha bons jogadores - que mais tarde levariam o time ao título da seletiva da Libertadores -, entre eles o atacante Lucas.

Dias antes da primeira partida oficial do novo estádio, o goleiro do Flamengo, Clemer, foi perguntado sobre como faria para impedir os gols do jovem Lucas. De bate-pronto, ele respondeu que não sabia nada sobre o atacante atleticano. A declaração repercutiu na cidade. Ao marcar o primeiro gol do jogo, Lucas foi aos microfones das rádios e às câmeras de televisão e disparou, sem necessidade de maiores explicações: "Eu sou o Lucas".

2000 - Atlético 1 x 1 Flamengo. "O desabafo sem filtros"

No ano em que disputou pela primeira vez a Libertadores da América, o time foi razoavelmente bem na Copa João Havelange (que substituiu o Brasileirão). O jogo terminou empatado (o único "tropeço" da década em casa). Pelo Flamengo jogavam Adriano e Petkovic, ambos de volta ao clube da Gávea em 2009, e o gol do Furacão foi marcado pelo zagueiro Emerson.

O jogador não é lembrado pelo futebol que apresentou enquanto vestia a camisa atleticana, mas sim pelo que disse ao marcar o gol daquela partida. Ainda em êxtase pelo feito, ele foi aos microfones e gritou. "Esso gol é para Jesus, p.... c......".

2001 - Atlético 4 x 0 Flamengo. "Um jogo de seleção"

Não precisa nem mencionar por que 2001 é um ano especial para os atleticanos, afinal pela primeira vez o time conquistou o Campeonato Brasileiro da 1ª divisão. Para um jogador em especial o jogo contra o time carioca teve uma importância ainda maior.

Kleberson, hoje coincidentemente jogador do Flamengo, fez uma partida exuberante. Em entrevistas posteriores, o jogador revelou que a partir daquele dia o técnico da seleção brasileira, Luis Felipe Scolari, começou a prestar a atenção no seu futebol. O resultado foi sua convocação para a Copa do Mundo de 2002, vencida pelo Brasil.

2003 - Atlético 4 x 1 Flamengo. "O passeio de Ilan"

Um dos grandes nomes do Atletico naquela temporada foi o atacante Ilan. O jogador vinha "passando da bola" e dos quatro gols que o time marcou naquele confronto, três saíram dos pés do atacante. Também naquele campeonato, dessa vez contra o Corinthians, ele voltou a marcar três gols em um só jogo. Suas atuações chamaram a atenção do futebol brasileiro e mundial, resultando, em 2004, na sua transferência para o Sochaux, da França.

2004 - Atlético 2 x 1 Flamengo. "Atlético Coração Valente"

Um jogo inesquecível. Após torcer e apoiar o time pela vitória o tempo todo, o torcedor já não acreditava em melhor sorte aos 40 minutos do 2º tempo, com a vitória flamenguista parcial por 1 a 0. Um minuto depois, Washington fez bela jogada e marcou um golaço, empatando o jogo a quatro minutos do fim.

Três minutos mais tarde, ainda no tempo regulamentar, o mesmo Washington aproveitou uma desatenção do goleiro Júlio César e tomou-lhe a bola. O atual camisa 1 da seleção cometeu pênalti. Com precisão, o "Coração Valente" marcou o gol da vitória, comemorada como um título pelo torcedor atleticano. Naquele ano, o atacante se tornaria o maior artilheiro de todos os tempos em uma edição do Brasileirão, com 34 gols.

2005 - Atlético 2 x 0 Flamengo. "Estreia e reestréia"

A vitória sobre o Flamengo em 2005 marcou a vida de duas pessoas. A do técnico Evaristo de Macedo, que estreava no comando da equipe, e a do atacante Dagoberto. Após passar um longo período afastado por uma cirurgia no joelho, a jovem promessa havia retornado oficialmente no Atletiba realizado em julho daquele ano (1 a 0 para o Furacão). Contudo, uma contusão muscular voltou a deixá-lo de fora. Contra o time carioca, ele finalmente voltou a atuar profissionalmente.

2006 - Atlético 1 x 0 Flamengo. "Vitória para sair do sufoco"

O ano foi complicado para o Furacão. Depois de uma série de derrotas e muita pressão, o time trocou de treinador. Em sua estreia, recebido com uma bonita festa nas arquibancadas, Vadão começou com o pé direito a caminhada que evitaria um quase iminente rebaixamento do Furacão para a 2ª divisão.

2007 - Atlético 2 x 0 Flamengo. "Supersequência salvadora"

Mais uma vez em crise, convivendo com um sério risco de rebaixamento, o time troca de técnico. Ney Franco, que ganhou destaque nacional justamente pelo seu trabalho realizado no rival carioca, assumiu o Furacão e conseguiu fazer história.

Além de evitar a queda do time para a 2ª divisão, emplacou uma impressionante sequência nove jogos de invencibilidade na Arena da Baixada, sendo que sete vitórias foram consecutivas. O resultado foi mais uma vez a permanência do time na Série A.

2008 – Atlético 5 x 3 Flamengo. "Redenção na última rodada"

Cansados de tanto sofrimento, muitos torcedores não acreditavam numa melhor sorte para o Atlético no Brasileirão de 2008. Depois de permanecer afundado na zona do rebaixamento durante grande parte da competição, o time conseguiu se salvar da queda no último jogo, em casa, contra o Flamengo.

O sentimento naquela partida mesclava desespero com fé. A vitória salvaria o time do rebaixamento e lhe colocaria na Copa Sul-Americana. O tropeço significaria a queda, a vergonha. Júlio César, Rafael Moura, Toró (contra), Zé Antônio e Alan Bahia marcaram os gols que garantiram o fim da agonia atleticana naquele ano. E reafirmou ainda mais o técnico Geninho como ídolo rubro-negro.

Demais jogos de invencibilidade

Completam a lista da soberania atleticana os seguintes jogos:

1983 - Atlético 2 x 0 Flamengo1986 - Atlético 2 x 1 Flamengo1989 - Atlético 1 x 1 Flamengo1991 - Atlético 3 x 0 Flamengo1997 - Atlético 0 x 0 Flamengo

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