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O presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva, Rubens Aprobatto, irá analisar amanhã as denúncias feitas contra o presidente da Federação Paranaense de Futebol, Onaireves Moura. Na quinta-feira, quando chegar a sede do STJD, Aprobatto deverá encontrar em cima de sua mesa um sedex enviado pelo antigo vice-presidente da FPF, Hélio Cury.

Lá, em apenas cinco páginas, o opositor do dirigente aponta ao tribunal dois motivos para que a cadeira da presidência da Federação fique vaga. O primeiro documento, colhido da 4.ª Vara da Fazenda Pública, comprova a falência de Onaireves Moura. O segundo, um certificado da 2.ª Vara Federal Criminal da Justiça Federal de Curitiba, trata de uma condenação do dirigente por sonegação fiscal.

Na argumentação, Cury, que atualmente ocupa o cargo de diretor do Departamento de Esportes na Prefeitura de Curitiba, utiliza o artigo 23 da Lei Pelé para pedir a queda do presidente da entidade máxima do futebol paranaense. Pela norma, dirigentes condenados por crime doloso em sentença definitiva, ou falidos, não podem ocupar cargos e funções eletivas.

"Está claro que, pela Lei Pelé, ele tem de cair fora", afirma Cury.

Moura não demonstra preocupação. "Isso é bobagem. A mesma coisa de sempre. Ele já entrou na Justiça com isso para eu não tomar posse e perdeu", rebate o dirigente lembrando da última eleição na FPF, quando venceu Cury na votação e, depois, conseguiu tomar posse mesmo após as denúncias do opositor.

A documentação foi enviada também à Confederação Brasileira de Futebol, mas, a princípio, é no STJD que ela está sendo levada mais a sério. "Hoje eu estou em São Paulo, mas vou analisar a documentação e ver o que fazer com ela", afirma Aprobatto.

A possibilidade mais concreta é que tudo caia nas mãos do procurador do STJD, o paranaense Paulo Schmitt. Mas ele também só deverá chegar ao Rio de Janeiro na quinta-feira. A Schmitt caberá denunciar ou não o presidente da FPF.

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