STJD vai investigar o Brasileirão 2005. Corinthians pode ficar sem título

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O Internacional venceu a primeira batalha sobre o Campeonato Brasileiro de 2005. Nesta quinta, quando entregar à presidência do Supremo Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) o relatório sobre a parceria entre Corinthians e MSI, o procurador-geral Paulo Schmitt também pedirá a abertura de processo. As informações são do diário gaúcho Zero Hora.

O principal foco da investigação será a declaração do ex-presidente corintiano Alberto Dualib, gravada pela Polícia Federal. Em conversa com o representante da MSI no Brasil, Renato Duprat, Dualib comentou que o título do campeonato de 2005 teria sido "roubado" do Inter.

Assim que a abertura do processo for aprovada pelo presidente do STJD, Rubens Approbato Machado, Schmitt terá de 15 a 30 dias para entregar o relatório.

Depois disso, pode oferecer denúncia contra Dualib ou até mesmo contra o Corinthians e a MSI.

– Não tenho dúvida de que o alvo da investigação passou a ser a declaração do Dualib. Vamos buscar novas informações junto à Polícia Federal para esclarecer o campeonato de 2005 – diz Schmitt.

Ainda que sejam comprovadas irregularidades, o Inter dificilmente será declarado campeão. O Corinthians pode ser punido com o rebaixamento e seus dirigentes ficam sujeitos à exclusão do futebol por até 12 anos.

Apesar de conselheiro do Corinthians, e ex-presidente da OAB, Approbato quer apuração rápida:

– O Dualib terá que explicar o que quis dizer. É uma declaração própria de quem se meteu em um lamaçal. Isso foi criado pela diretoria deposta do Corinthians e poderá reverter em conseqüências sérias. Vamos investigar qualquer tipo de sujeira.

O Inter pretende manter contato com Schmitt e Approbato nesta quinta. O vice-jurídico Luís Antônio Lopes ainda decidirá se viaja ao Rio para o julgamento do recurso do zagueiro Marcão. Caso fique em Porto Alegre, a conversa será por telefone.

– O importante é que o STJD está interessado no caso Dualib. É um grande passo, não estamos lutando sozinhos – comemora Lopes.