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O torcedor do Atlético Paranaense, Cristian Domingos, de 30 anos, compareceu nesta segunda-feira no 2.º Departamento de Polícia de Curitiba para prestar depoimento sobre o arremesso de um rojão no gramado da Kyocera Arena. No dia 18 de agosto, durante a partida entre Atlético-PR e Figueirense, uma bomba causou um forte impacto depois que foi arremessada das arquibancadas do estádio atleticano.

Domingos teria sido identificado como o torcedor que arremessou o artefato, mas em depoimento negou o ato. De acordo com a delegada responsável pelo 2.º DP, Selma Braga, o acusado se disse inocente e apresentou sua namorada como álibi. "No depoimento o Cristian negou que tenha atirado o objeto. Ele viu quando a bomba foi lançada da torcida Os Fanáticos, mas que não participou do ato e foi acusado injustamente".

O álibi apresentado pelo acusado é considerado fraco por se tratar da sua namorada, mas a delegada garante que ouvirá outras pessoas. "Vamos ver se não surgem outras testemunhas para que ele não seja acusado injustamente", disse Selma.

Representantes do clube eram esperados para prestar esclarecimentos, mas ninguém apareceu. "O Atlético não justificou porque não apareceu. Vamos procurar re-agendar o horário, já que acredito que seja do interesse deles o esclarecimento dos fatos". A assessoria de imprensa do clube afirma que o departamento jurídico do clube não foi intimado para se apresentar.

Caso sem solução

O depoente disse que foi apontado como autor do arremesso da bomba por um integrante da torcida Os Fanáticos. Se for inocente, e o real culpado não foi identificado, o Atlético pode ser punido pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva com a perda de mandos de jogos.

"Caso seja inocente, vamos tenta achar o verdadeiro culpado. A pessoa que atirou a bomba estava no setor Buenos Aires, onde fica a torcida Os Fanáticos, mas isso não quer dizer que o culpado seria membro da organizada", disse a delegada.

De acordo com Selma Braga, o clube acabou prejudicando as investigações. "Estive no local, mas o buraco deixado pela explosão já tinha sido coberto. O clube justificou dizendo que teve que fazer isso para não interromper o jogo. Acredito que eles foram mal orientados, porque de uma certa forma a cena do crime foi alterada e isso prejudica as investigações".

O resultado das investigações sea enviado para a CBF. "Vamos mandar uma cópia do inquérito para quem é de direito, já que o clube mostrou boa vontade para os esclarecimentos".

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