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Por mais de cinco horas o ex-jogador do Palmeiras atendeu centenas de torcedores que compareceram ao evento | Divulgação / Casa Palmeiras
Por mais de cinco horas o ex-jogador do Palmeiras atendeu centenas de torcedores que compareceram ao evento| Foto: Divulgação / Casa Palmeiras

Interatividade

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A arquibancada de concreto, o amendoim e o radinho de pilha não estavam presentes. Foram todos trocados por cadeiras estofadas, ar-condicionado e televisões em HD. Mesmo com a mudança de cenário, os torcedores do Palmeiras em Maringá transformaram a Carwash Chopperia em um miniestádio, durante evento com o ídolo Evair. Os palmeirenses acompanharam, na noite de quarta-feira (21), a vitória do Verdão sobre o Atlético, por 1 a 0, válido pelas oitavas de final da Copa do Brasil.

A ação inédita fora do estado de São Paulo é intitulada Casa Palmeiras. O objetivo do evento é aproximar ídolos do Alviverde e torcedores do interior do Brasil que dificilmente têm acesso aos jogos nos estádios. "O torcedor do interior, mesmo longe dos estádios, pode muito bem ter esse vínculo através dos ídolos do passado. É dessa maneira que times como o Palmeiras continuam crescendo mesmo em momentos ruins", comentou o ex-jogador Evair.

O ídolo palmeirense nem mesmo conseguiu ver o time paulista acabar com a série invicta de dez partidas do Furacão. Enquanto o jogo rolava na televisão, Evair distribuía autógrafos e tirava fotos com a legião de fãs. Quando o único gol do jogo foi marcado pelo zagueiro Vilson, logo aos 3 minutos do primeiro tempo, o ex-jogador já havia atendido algumas centenas de palmeirenses.

"Muitas vezes eu deixava o treino no CT [Centro de Treinamento] do Palmeiras e não podia parar para atender os torcedores porque logo precisava voltar para o treino da tarde", lembrou. "Muitos ficavam chateados, mas hoje é diferente, pois encerrei a carreira e posso participar de eventos como esse, que são importantes."

Entre os presentes, muitos eram fãs confessos de Evair. O mecânico Elias Rodrigues, de Sarandi, levou até o filho de 3 anos para conhecer o ídolo. O nome do menino? Uma homenagem a dois ídolos do Palmeiras. "É o Felipe Evair. Felipe do Felipão [atual técnico da Seleção Brasileira] e Evair do Evair aqui", explicou. "Estou treinando o bichinho desde pequeno, ensinando a chutar com as duas pernas para virar um jogador também."

Já o baiano Fábio de Jesus Santos deu muita sorte. Saiu da Bahia para ficar alguns dias em Maringá e acabou conhecendo Evair. "Vim conhecer essa cidade linda e maravilhosa, mas foi uma emoção única conhecer o Evair mesmo", contou. No meio de vários torcedores palmeirenses, até o prefeito de Maringá, Carlos Roberto Pupin (PP), tietou Evair e pediu autógrafo e foto.

A Gazeta Maringá conversou com o craque Evair, que falou sobre a estratégia de marketing do Palmeiras, sobre os jogos do time no interior e sobre o pênalti que mais mexeu com ele.

Gazeta Maringá - Você acredita que essa é uma estratégia importante para fortalecer a marca do time fora da capital e em outros estados?

Evair – É muito importante, porque nos momentos em que os times não conquistam títulos existe a tendência de perder torcedores. No caso do Palmeiras, fica fácil os filhos de pais palmeirenses acabarem torcendo para outros times. Os meninos vão torcer para os campeões e o Palmeiras não anda conquistando títulos importantes. O torcedor do interior, mesmo longe dos estádios, pode muito bem ter esse vinculo através dos ídolos do passado. É dessa maneira que times como o Palmeiras continuam crescendo mesmo em momentos ruins.

Você fica horas sentado, fazendo a mesma coisa e conhecendo muita gente em poucos minutos. Como é essa nova função? Cansa bastante?

Faço uma ou duas vezes por mês só. Antes [quando era jogador] não tinha tempo para atender o torcedor. Muitas vezes eu deixava o treino no CT do Palmeiras e não podia parar para atender os torcedores porque logo precisava voltar para o treino da tarde. Muitos ficavam chateados, mas hoje é diferente. Esses eventos são importantes, basta ter paciência para conseguirmos tirar fotos com todos. Tem alguns chatos que querem tirar duas ou três fotos [risos]. Voltam várias vezes para a fila [mais risos]. Dizem que esqueceram alguma camisa e voltaram pra casa para buscar camisas do pai ou da mãe e logo estão na fila de novo.

O Campeonato Brasileiro tem 38 rodadas, ou seja, 19 jogos são em casa. Dentro dessa estratégia de marketing, não seria importante os grandes clubes mandarem dois, três ou quatro jogos para cidades do interior?

Seria uma boa ideia, mas esse tipo de situação precisa de antecedência na organização, com toda uma logística. Quando o Palmeiras vai jogar existe uma multidão atrás. O adversário também traz muita gente. Em alguns casos, as cidades não estão preparadas, principalmente na questão da violência. Às vezes existe um bom estádio, boas pessoas, mas falta a estrutura do policiamento ou dos bombeiros.

Você acha que Maringá poderia abrigar um jogo do Palmeiras algum dia?

Lógico que o Maringá ou outra cidade do Paraná gostaria de receber jogos. Até acho que poderiam receber, porque seria importante para o torcedor daqui seguir apaixonado pelo time, com os ídolos mais próximos. Eu estar aqui já abre um leque de possibilidades. Já existem lojas do Palmeiras sendo abertas por aí [existe uma em Londrina]. Quem vai tirar proveito é o próprio time.

Essa pergunta também vem de muitos torcedores palmeirenses: qual pênalti mais mexeu com você: o da final de 1993 do Paulista, contra o Corinthians, ou o da final da Libertadores, em 1999, contra o Deportivo Cali, da Colômbia?

Lógico que o de 1993 era importante porque o Palmeiras estava havia muitos anos na fila. Já o de 1999 me surpreendeu. Fiquei surpreso quando deram a bola na minha mão. Não era eu o responsável pelos pênaltis, eram o Alex e o Arce. De repente decidiram que eu bateria. Tomei um susto na hora, mas sabia o que tinha de fazer. Estava acostumado com aquela pressão. Não foi fácil, mas valeu a pena.

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