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Propina

A possibilidade de a Fifa retirar de João Havelange o título de presidente honorário será discutida no seu congresso, que será realizado no próximo mês. Joseph Blatter, seu sucessor, declarou ontem que nenhum país membro solicitou a análise do caso do brasileiro, envolvido em um escândalo de propinas. Havelange pode enfrentar uma ação disciplinar formal nos próximos dias pelo seu papel no conhecido caso da ISL, a agência de marketing com sede na Suíça, que negociou os direitos de transmissão da Copa do Mundo antes de falir em 2001.

O secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, afirmou ontem, em sua coluna mensal publicada no site da entidade, que não serão tolerados os mesmos atrasos nos prazos de entrega dos estádios da Copa do Mundo de 2014 que ocorreram na preparação do Brasil para a Copa das Confederações de 2013, marcada para acontecer entre 15 e 30 de junho.

O dirigente aposta no sucesso da organização da Copa das Confederações, mas retomou o tom de cobrança em relação ao país, lembrando que o mesmo não abrigará este próximo importante torneio com todas as condições exigidas pela Fifa. "Estaremos no ponto para a Copa das Confederações – será um torneio fantástico –, mas nem todos os aspectos operacionais estarão a 100%. É impossível ter essa expectativa devido ao tempo de preparação reduzido – na maioria dos casos, de menos de dois meses, em vez dos seis meses programados, por causa das concessões que fizemos às cidades", alertou.

E, logo em seguida, Valcke avisou de forma categórica: "Quero reiterar que algo assim não poderá se repetir para a Copa do Mundo, com o que concordaram o Governo Federal, a Fifa e o COL (Comitê Organizador Local). O prazo para a entrega dos estádios da Copa do Mundo permanece o mesmo e se encerra em dezembro de 2013 – sobre isso, não faremos nenhuma concessão".

A exigência em relação ao prazo estabelecido pela Fifa foi justificado por Valcke até pela complexidade e abrangência deste grande evento de 2014. "Organizar a Copa do Mundo é um trabalho infinitamente mais complexo e mais exigente do que organizar a Copa das Confederações, que envolve apenas 25% do número total de jogos. A escala e a magnitude da Copa do Mundo requerem um período de configuração operacional de pelo menos seis meses", enfatizou o dirigente.

Já no início de sua coluna, Valcke ressaltou que as próximas semanas serão uma "prova de fogo" para as cidades-sede na preparação para a Copa das Confederações, lembrando que os prazos para este evento ainda precisam ser cumpridos em um tempo bastante curto. "Estamos todos trabalhando juntos e incansavelmente contra o relógio para que todas as instalações estejam prontas para um torneio de nível internacional daqui a dois meses", salientou.

Valcke, entretanto, não adotou apenas o tom de cobrança. Ele fez questão de exibir entusiasmo com a alta procura por ingressos para a Copa das Confederações, cujo último balanço da Fifa apontou nesta semana que já foram vendidos mais de 546 mil bilhetes. "Com dois terços dos bilhetes já vendidos, a edição de 2013 já bateu o recorde de qualquer outra Copa das Confederações neste estágio dos preparativos. Tenho certeza de que os brasileiros oferecerão um espetáculo inesquecível e um sabor do que lhes espera em junho e julho do ano seguinte", encerrou.

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