Os atos de vandalismo em terminais da cidade na data do último clássico entre Athletico e Coritiba, 30 de janeiro, na Arena da Baixada, causaram prejuízo de R$ 38 mil aos cofres do transporte público, segundo relatório da Urbs (Urbanização de Curitiba S/A) repassado à Demafe (Delegacia Móvel de Atendimento a Futebol e Eventos ) nesta terça-feira (12).
O relatório aponta ainda que os atos de vandalismo foram praticados por torcedores dos clubes em sete terminais, sendo que R$ 37,4 mil de prejuízo são relativos a danos nos próprios terminais, enquanto o restante diz respeito ao custo de vidros quebrados em ônibus.
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Como os terminais são da prefeitura, o prejuízo registrado neles afeta diretamente os cofres públicos. Já os custos da reparação nos ônibus serão observados no fim do período tarifário e o valor acaba entrando no cálculo da composição da tarifa.
A Urbs ressalta que o valor total do prejuízo daria para comprar 8.815 passagens de ônibus e foi o montante aplicado para consertar o telhado do terminal do Boqueirão, por exemplo.
O clássico Atletiba, válido pela 4.ª rodada do primeiro turno do Paranaense 2019, teve início às 21h30, na Arena da Baixada. No estádio, o Athletico aplicou o sistema de “torcida humana”, que proíbe a torcida visitante de vestir as cores de seu clube e a obriga a ficar espalhada entre a torcida mandante.
Segundo o relatório da Urbs, o quebra-quebra nos terminais aconteceu entre 21h e 22h30, tendo casos registrados no Pinheirinho, Santa Cândida, Boa Vista, Cabral, Capão da Imbuia, Guadalupe e Vila Oficinas.
O terminal do Pinheirinho foi o mais danificado. Segundo a Urbs, foram 40 itens danificados nos banheiros, entre vasos sanitários, torneiras, válvulas de descargas, além da quebra de uma catraca de embarque.
A Urbs promete acionar na justiça o Athletico, o Coritiba e suas respectivas torcidas organizadas. “Foi feita uma avaliação mais aprofundada de imagens e também a de identificação de alguns torcedores e tudo isso foi entregue à Demafe para dar prosseguimento à investigação”, diz o presidente da Urbs, Ogeny Pedro Maia Neto.
“Nosso próximo passo é entrar com uma ação contra os clubes e organizadas para pedir ressarcimento desse prejuízo que não pode ser bancado por quem paga a tarifa”, completa Maia Neto.
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