Variações para o Atletiba
Obsessão atual dos treinadores, mexer no esquema tático sem precisar recorrer às substituições é arma comum a Ney Franco e Antônio Lopes para o Atletiba de domingo. Os dois partem de um esquema-base semelhante para um sistema com apoio constante dos alas, um jogador de referência no ataque e outro com liberdade de movimentação do meio para a frente, responsável por fazer o time girar.
No Coritiba, a tendência é que Ney Franco resgate o sistema de apenas um atacante fixo, usado no melhor momento do time sob seu comando, no início do returno. Ariel e Rômulo dependem da liberação do departamento médico para disputar essa função. O escolhido servirá de referência para a chegada de Marcelinho, com liberdade de movimentação, Carlinhos Paraíba (pela esquerda) e provavelmente Pedro Ken (pela direita). Para que os alas (Angelo e Luciano Amaral) reforcem essa investida, basta Jaílton recuar para a zaga, com Jéci passando para a sobra e Dirceu (provável substituto de Pereira) fechando a linha de três zagueiros.
No Atlético, Alex Mineiro é a referência. A diferença é que desde o início ele tem a companhia de Wallyson no ataque - outra possibilidade é a entrada de Marcinho um pouco mais atrás. A variação também é um pouco diferente. Nei sai da lateral-direita para a sobra, substituição que libera Alex Sandro para avançar e faz Wesley migrar da meia esquerda para a ala direita. No meio disso tudo, Paulo Baier organizando o time.
Foi assim que o Atlético derrotou o Corinthians e dominou o Internacional no segundo tempo. E é assim que deve tentar bater o maior rival.
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Gênio - Adílson (Cruzeiro)
A torcida do Cruzeiro gritou "burro" quando o treinador trocou Leandro Lima e Guerron por Fernandinho e Soares, contra o Botafogo. A Raposa passou a trabalhar melhor a bola, furou o bloqueio alvinegro e, oito minutos depois das trocas, fez o gol da vitória.
Professor Pardal - Muricy (Palmeiras)
A teimosia de Muricy custou caro ao Palmeiras. Mesmo vendo Edmílson ser envolvido por Petkovic, o treinador insistia em não reforçar a marcação sobre o sérvio. Somente depois de o Flamengo fazer 2 a 0 o técnico acertou a perseguição ao meia adversário.
Operário-padrão - Paulo Baier (Atlético)
Participou dos três gols do Atlético contra o Santo André com suas armas habituais: a cobrança de falta no primeiro e o passe que deu início à jogada dos outros dois. Sem a bola, ainda voltou para reforçar a marcação à frente da área atleticana.
Peladeiro - Edmílson (Palmeiras)
Levou um baile de Petkovic durante todo o jogo no Palestra Itália. Ficou claro que não tem mais o pique de antes para jogar na proteção à zaga. Para que sua escalação seja bem aproveitada, só em um sistema de três zagueiros.
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