Zé Carlos e Davi prometem saída honrosa do Paraná

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Além da falta de objetivos do Paraná nas cinco últimas rodadas da Série B, dois titulares e destaques da equipe jogarão vendo o vínculo com o Tricolor cada vez menor. Atletas da empresa L.A. Sports, que anunciou o fim da parceria com o clube ao término do ano, o goleiro Zé Carlos e o meia Davi já foram informados que seus destinos não passam pela Vila Capanema em 2010. Apenas uma reviravolta poderia mantê-los.

Zé Carlos até demonstra interesse. "Se me perguntarem se quero ficar, podem ter certeza que da minha parte a diretoria vai ouvir sim", afirma. Mas... "não depende apenas de mim. Sou jogador da L.A. e tenho de cumprir o que decidirem", pondera. Segundo o empresário Luiz Alberto Oliveira, o goleiro irá para o Avaí na próxima temporada. Antes de ser emprestado ao Tricolor, ele foi registrado como jogador do clube catarinense, cujo departamento de futebol é gerido pela L.A.

Davi é mais direto ao delegar todo o poder de decisão aos empresários. "Penso apenas no próximo jogo. O futuro deixo na mão deles. Sei que tenho contrato até o fim da Série B e vou procurar cumprir da melhor forma." No caso do meia, que também tem contrato com o Avaí, a expectativa é por alguma negociação com o exterior.

Ambos se apegam ao profissionalismo para manter a motivação. "São cinco jogos ainda. 'Ah, o Paraná não vai subir e nem cair'. Mas temos um escudo no peito. Todos os jogadores têm de pensar desse jeito e terminar o campeonato com dignidade. Ou podem ir para uma equipe melhor ou ficar, renovando (o contrato)", diz Zé Carlos, se referindo mais à situação dos companheiros do que à própria. A não ser que, apesar do fim da parceria, a nova diretoria convença a L.A. a renovar o seu empréstimo. Entre os demais titulares, apenas o vínculo do lateral-direito Murilo não termina no fim do ano.

Na mesma linha, Davi promete o mesmo empenho de antes nos jogos restantes. "Não é esse o lugar que queríamos. Lutamos até a última rodada. Mas não é porque o time não cai mais e está muito difícil subir (considerando a pequena chance matemática) que vamos jogar de corpo mole", garante, sabendo que o discurso estará à prova na partida de amanhã contra o Duque de Caxias, na Vila Capanema.

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Eleição

"É preciso errar menos", diz Romani

O empresário Aquilino Romani participou, ontem, da sabatina da Gazeta do Povo com os candidatos a presidente do Paraná. Durante 45 minutos, ele respondeu a perguntas da editoria de Esportes do jornal sobre seus planos para a administração do Tricolor, caso seja eleito na próxima quarta-feira.

Romani disse não ver como dissociar os departamentos social e de futebol do clube, ressaltando que as contas de cada setor já são conduzidas separadamente. Também deixou clara a intenção de manter Roberto Cavalo como treinador para o próximo ano, embora tenha ressaltado que só irá conversar com ele após a eleição.

Repetidas vezes, o empresário falou da necessidade de errar menos nas contratações do que nos três últimos anos. O respaldo para reforçar o time viria de uma captação de patrocínios feita por Renato Trombini.

"O Aramis (Tissot) vai conduzir as coisas, junto comigo, além de um diretor de futebol e um representante do grupo que dará o aporte financeiro. No mínimo quatro pessoas", afirmou o dirigente, que também prometeu cobrar mais resultados da Base.

" A Base. é importantíssima, pois investiram. Mas esse ano perdemos tudo nas categorias de base. Não digo que há algo de errado, mas precisamos rever algumas questões".

No domingo, a Gazeta do Povo publica as entrevistas com José Alves Machado, ouvido na quarta-feira, e Aquilino Romani.