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Olist integra a previsão é do levantamento anual "Corrida dos Unicórnios", realizado pela empresa de inovação aberta Distrito.

Corrida dos unicórnios

17 startups brasileiras que devem se tornar unicórnios em 2021

GazzConecta, com colaboração de Millena Prado
17/02/2021 21:57
Em todo início de ano, o ecossistema brasileiro de startups fica na expectativa: quais empresas ganharão o título de "unicórnio" e serão avaliadas em mais de US$ 1 bilhão de dólares? A responsável pela previsão é a empresa de inovação aberta Distrito, que publica anualmente quais startups devem se tornar bilionárias através do levantamento "Corrida dos Unicórnios".
A edição de 2021 do estudo, publicado nesta quarta-feira (17), apontou 17 startups aspirantes a entrar para o clube do bilhão. São elas: ContaAzul, Dr. Consulta, Neon, Minuto Seguros, Petlove, CargoX, Solinftec, Superlógica, Tembici, Fazenda Futuro, Zenvia, Buser, Take Blip, Cortex, Contabilizei, Pipefy e Olist.
O número de empresas indicadas saltou de 10 em 2020 para 17 neste ano. Para Tiago Ávila, dataminer do Distrito, o crescimento no número de aspirantes é fruto das conexões entre as startups e crescimento de aportes internacionais, como os realizados pelo fundo chinês SoftBank.
"Não só as startups estão ganhando relevância, como estamos criando ecossistemas que possibilitam o crescimento. Com isso, há uma atração de fundos maiores, como a entrada do SoftBank e de outros investidores internacionais", explica.
Entre os dois segmentos de atuação mais cotados entre os potenciais unicórnios estão as fintechs — startups do setor financeiro — e as martechs, especializadas em marketing e publicidade.
O sucesso das fintechs não é novidade. As startups deste setor acumulam crescimento de 68% em investimentos em 2020. Entre os aspirantes a unicórnios, quatro são voltados para soluções financeiras. No entanto, o destaque de 2021 foi para o setor de martechs, startups de marketing e publicidade que também somam quatro entre as 17 indicadas.
Embora o setor seja tradicional, as martechs estão mais preparadas para as mudanças causadas pela pandemia. Na visão de Ávila, startups como Take Blip, Cortex, Pipefy e Zenvia souberam aproveitar as transformações do consumo, que passou do físico para online, para ampliar sua atuação e atingir novos clientes.
O sucesso das empresas de base tecnológica de todos os setores é confirmado em um ano desafiador para a economia mundial. Mesmo durante a pandemia, as startups brasileiras captaram US$ 3,5 bilhões em investimentos em no ano passado.
2020 foi marcado também pelo surgimento de três novos unicórnios: Loft, Vtex e Creditas. 2021 não começou diferente e deve seguir aquecido. A curitibana MadeiraMadeira entrou para o clube de empresas bilionárias após um investimento de US$ 190 milhões, anunciado no sétimo dia de janeiro.

Quem se torna unicórnio no Brasil?

Entre os critérios fixados no estudo para definir quem deve se tornar unicórnio estão estimativa de valuation, número e valor de rodadas de investimento, presença de fundos que já formaram unicórnios, aquisição de outras startups, número de funcionários, perspectivas de novas contratações, atuação internacional e experiência dos líderes e fundadores.
Do ponto de vista de Gustavo Geriun, cofundador do Distrito, o objetivo com o levantamento é compartilhar quais startups impulsionam o crescimento do país quando o assunto é inovação. "Vale destacar que nossa intenção não é saudar o valuation bilionário como um fim em si, mas reconhecer os negócios que estão colocando o país no mapa de inovação global e apontar quais outras empresas seguem trajetórias semelhantes", pontua.
As startups adquirem o título de unicórnio graças a um investimento de capital de risco - o chamado venture capital - que alavanca o crescimento destas empresas. Para testar suas hipóteses e atingir novos mercados, as startups precisam deste financiamento, que são parte do sucesso e crescimento de uma empresa. Entre os grupos nacionais que mais investem em empresas que se tornam unicórnios estão a Redpoint eventures, Valor Capital Group, Monashees e Kaszek Ventures. O destaque internacional fica com o japonês SoftBank.
Baseado nos levantamentos anteriores, oito anos é a média que uma startup leva até se tornar unicórnio. Das 12 empresas que já têm o título, 9 foram fundadas entre 2011 e 2013.

Características dos unicórnios

Persistência, sustentabilidade, fundadores experientes e conexão. Para Tiago Ávila, essas são algumas habilidades em comum entre empresas que já se tornaram e as que devem adquirir o título de unicórnios. Startups com estas características também podem ser chamadas de "camelos": as mais adaptáveis e persistentes podem ter mais sucesso.
"O fato de ser camelo deixou de ser algo negativo como era há algum tempo. A persistência pode ajudar no caminho de crescimento das empresas. Eu não diria que este é um fator determinante, mas é um modelo de negócio que se prova sustentável, persistente e duradouro", enfatiza Ávila.

Curitiba tem mais três potenciais unicórnios

A capital paranaense vem se confirmado como um celeiro de unicórnios no Brasil, cotada como um ecossistema de inovação promissor em comparação com outros polos brasileiros. Curitiba, que já conta com dois unicórnios — Ebanx e MadeiraMadeira — deve receber mais três na lista: Olist, Contabilizei e Pipefy.
Na visão de Araújo, o motivo para a ascensão curitibana são as possibilidades de conexão. "Em Curitiba, assim como em outros estados do Sul, as startups conseguem encontrar parceiros e ecossistemas que não estão em São Paulo. A grande conexão fornece essas possibilidades", comemora.
Nas demais regiões, as empresas valiosas são distribuídas no sudeste. O estado do Rio de Janeiro possui duas candidatas, e Minas Gerais, Santa Catarina e Rio Grande do Sul têm um aspirante cada um. São Paulo lidera com oito candidatos.

Já fazem parte do "clube dos unicórnios"

  • 99 Táxi
  • Creditas
  • Ebanx
  • Gympass
  • iFood
  • Loft
  • Loggi
  • Nubank
  • MadeiraMadeira
  • QuintoAndar
  • VTex
  • WildLife

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