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Big Ideas

5 tendências que devem impactar negócios em 2022, segundo o LinkedIn

Maria Clara Dias, especial para o GazzConecta
05/01/2022 20:30
Falar em transformação digital e na migração de serviços para o ambiente online tornou-se arcaico em 2021, período que serviu para consolidar mudanças estruturais impulsionadas pela pandemia no ano anterior. Agora, o discurso da digitalização dá lugar ao de melhoria na prestação de serviços prestados, na atenção ao desejo de clientes mais exigentes e, junto a isso tudo, a preocupação com a segurança de dados pessoais envolvidos nessas transações e em uma nova configuração de trabalho à distância.
Essas são as conclusões de um estudo de tendências feito pela rede social LinkedIn. O levantamento, feito anualmente, considera as respostas da comunidade de usuários, influenciadores e criadores de conteúdo da rede, responsáveis por indicar o que consideram ser as principais movimentações esperadas para o ano seguinte. Veja abaixo 5 tendências que podem ter impacto direto nas empresas de todo o mundo:

1 - Saúde mental será prioridade

Depois da emergência sanitária, o foco em 2022 será lidar com os prejuízos causados à saúde mental da população. Uma pesquisa publicada pelo jornal médico The Lancet mostrou um aumento de 28% nos casos de depressão no mundo durante a pandemia, ao mesmo tempo em que há uma escassez de profissionais e infraestrutura de saúde em grande parte dos países — e o Brasil se inclui nesse grupo. Nesse cenário, empresas do setor de saúde e healthtechs (startups dedicadas à área) que tragam inovação na maneira de identificar sintomas, doenças e com sugestões de tratamentos mais ágeis devem ter sucesso no futuro.

2 - Tráfego nas cidades será mais simples

Com a iminência do trabalho digital, as pessoas ganharam a liberdade de decidir quando de fato ir ao escritório. Essa nova realidade, que teve início em 2020 e ganhou força em 2021, deve ser ainda mais relevante em 2022. O impacto direto, segundo o LinkedIn, será um alívio no trânsito urbano, com a redução significativa do que conhecemos como “horário de pico”.

3 - Trabalhadores operacionais serão mais valorizados

A percepção de que grande parte da mão de obra operacional nas empresas e indústria foi uma das principais responsáveis pela manutenção de serviços essenciais durante a pandemia irá gerar uma nova onda de valorização em 2022. Segundo os especialistas, é esperado que funcionários da linha de frente recebam melhores salários e condições de trabalho. Em outra frente, esse novo movimento também irá criar funcionários mais atentos ao bem-estar e dispostos a fazer negociações com seus empregadores .

4 - A vez do ESG

A sigla em inglês tem ganhando força, e a adoção de critérios sociais, ambientais e de governança por empresas de diferentes segmentos e portes vem na esteira da maior evidência das ações corporativas em favor de temas como impacto ambiental e diversidade racial e de gênero dentro das organizações. Acontecimentos como a morte de George Floyd, nos Estados Unidos, em 2020, trouxeram novo fôlego à pauta. Para 2022, o novo desafio das empresas será não apenas atrair talentos diversos, mas mantê-los sob o guarda-chuva da inclusão e do ambiente sustentável de trabalho.

5 - Criptomoedas

A criptomoedas devem furar a bolha do mercado financeiro e, cada vez mais, entrar no dia a dia da população. Nos Estados Unidos, elas já foram parcialmente adotadas por alguns governos estaduais e municipais para o financiamento de alguns programas e até mesmo no pagamento de funcionários públicos. O esperado para 2022 é que isso passe a ser realidade mundo afora, apoiada pela menor burocratização e maior transparência dessa e outras tecnologias, como o blockchain.

Para ficar de olho

Além das tendências apontadas pela comunidade do LinkedIn, especialistas consentem em relação a algumas novas usabilidades para redes sociais e as relações de trabalho no ano que vem. Uma das transformações é a imperatividade do trabalho híbrido, que mescla as idas ao escritório e o trabalho remoto. Outra é o Metaverso, novidade anunciada pelo Facebook (agora Meta) e que promete criar uma nova realidade onde pessoas possam interagir digitalmente.
A entrada em vigor da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) também deve chacoalhar os negócios no Brasil. De acordo com uma pesquisa realizada pela PwC Digital Trust Insights 2022 com 3,6 mil executivos de negócios, tecnologia e segurança, aproximadamente 83% das empresas brasileiras pretendem aumentar o investimento em segurança cibernética no próximo ano. A atenção aos padrões de segurança e a preocupação dos usuários a respeito do uso de seus dados pessoais por empresas devem impulsionar essa movimentação.

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