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Transformação colaborativa: para Eduardo Marques há muitas oportunidades para tornar cidades inteligentes

Vivian Faria, especial para GazzConecta
22/10/2020 17:23
Oportunidades não faltam para quem quer contribuir para fazer com que os municípios usem melhor seus recursos físicos, tecnológicos e humanos, transformando-se em cidades inteligentes - e proporcionando mais qualidade de vida a seus cidadãos. É o que defende o diretor de estratégia do iCities, Eduardo Filipe Mazzarolo Marques. Engenheiro de produção civil formado pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), com especialização em engenharia de negócios e experiência em construção civil, energias renováveis e desenvolvimento de startups, Marques é um dos mentores que vão responder às questões sobre inovação enviadas por empresários de todo o estado na terceira fase do projeto Ação Inovadora.
“Todas as áreas têm oportunidade de melhoria. Fora as obras, que têm um impacto que é mais fácil de ver, temos as questões de energia, por exemplo. As cidades consomem muita energia e a iluminação pública é hoje um dos maiores vilões, representando quase 20% de todo o consumo de energia no mundo. Podemos trocar as lâmpadas usadas por lâmpadas de LED e fazer com que elas sejam controladas à distância, dimerizadas”, exemplifica Marques. Ele fala ainda da necessidade de evitar aglomerações em hospitais e unidades de saúde, de como a inovação deve ser ensinada desde a escola e das possibilidades de tornar a gestão pública mais eficiente e transparente.
Marques explica, porém, que para que essas inovações aconteçam, é preciso que haja o envolvimento de todos os setores que integram as cidades, como o governo, as universidades, a sociedade civil organizada e a iniciativa privada - além do uso de tecnologias e do aprimoramento da legislação. “Isso tudo precisa ser de entendimento comum entre sociedade e governo, senão tudo o que é possível de ser feito não vai ser feito. Então, precisamos propagar esse conhecimento e capacitar as pessoas para que elas possam transformar as ideias em realidade”, afirma.
Foi por isso que, em 2015, ele resolveu se juntar ao time do iCities, cujo foco de trabalho é a promoção de eventos sobre inovação e cidades inteligentes - sendo o principal deles a versão nacional do Smart City Expo -, disseminando conteúdo sobre esses temas e promovendo conexões entre atores interessados em inovar e transformar as cidades. “Como o iCities vinha desenvolvendo eventos desde 2011, o Caio [Castro] e eu vimos uma oportunidade de fazer parte dessa plataforma e somar forças com o Roberto [Marcelino], um dos fundadores do iCities, para ampliar a nossa atuação”, conta Marques.
Àquela altura, ele já havia se percebido como uma pessoa movida por uma série de inquietações, que diziam respeito não só à construção civil e à infraestrutura, temas diretamente relacionados à sua formação, mas também ao desenvolvimento socioeconômico e à superação de desigualdades. Por isso, havia decidido também trilhar caminhos ligados à inovação e à sustentabilidade, trabalhando em e até fundando startups e um escritório de engenharia onde podia desenvolver projetos e ideias que seguiam essas linhas.
Uma vez integrado ao time do iCities, Marques passou a olhar também para questões de mobilidade e gestão pública e, aos poucos, contribuiu para ampliar a atuação da empresa, que hoje também presta consultoria para outros negócios e gestores públicos que querem desenvolver projetos para cidades inteligentes. Ela realiza ainda um curso para capacitar quem também tem interesse no tema, que, devido à pandemia, foi transferido para um ambiente digital - assim como todas as ações da empresa durante o período - e acabou chamando a atenção de inclusive de pessoas que não poderiam participar dele presencialmente.

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