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Pagamentos digitais

Aceita Pix? Modalidades de pagamentos digitais crescem cada vez mais

Maria Clara Dias, especial para o GazzConecta
26/01/2022 16:30
Entre todas as economias da América Latina, o Brasil assume a dianteira quando o assunto é pagamentos digitais, segundo um estudo do unicórnio de pagamentos EBANX. O relatório “Beyond Borders 2021” mostra que, mais do que uma taxa exponencial de crescimento dos métodos digitais, eles também já ocupam o primeiro lugar na lista de preferência da população.
Segundo o relatório, que traz um raio-x do mercado de pagamentos da região, o PIX, modalidade lançada em 2020 pelo Banco Central do Brasil, já é a escolha número um dos brasileiros na hora de receber e fazer transferências no dia a dia, especialmente no e-commerce.
O comércio digital latino-americano deve crescer 31%, ano a ano, até 2025, o que torna a região um novo epicentro inovativo para grandes players com propostas disruptivas em setores como varejo, streaming de áudio e vídeo, afirma o EBANX. A briga atrai até mesmo vendedores regionais e de relevância internacional (como Shopee e Amazon) — que agora competem no mesmo páreo com gigantes como Americanas e Mercado Livre.
Por trás do impulso dos pagamentos digitais está a pandemia e a influência de novos hábitos, em especial o do varejo online. Com a alta nas compras feitas pela internet, tornou-se ainda mais comum transacionar dinheiro virtualmente. De acordo com o EBANX, a popularidade de serviços como o streaming de vídeo, por exemplo, serviu de alavanca para o cenário atual — além dessas modalidades serem novos entrantes na pesquisa, em comparação com as edições anteriores.
“Os dados apresentados no estudo deste ano mostram que o cenário de pagamentos em rápida evolução se tornou uma base que dá suporte ao crescimento de todo o mercado de comércio digital na América Latina”, afirma João Del Valle, cofundador e CEO do EBANX.

A era do PIX

O Pix já representa 6% do valor total de pagamentos feitos no comércio digital no país.
O Pix já representa 6% do valor total de pagamentos feitos no comércio digital no país.
Em apenas um ano de operação, o PIX, sistema de pagamentos instantâneos do Brasil, já representa 6% do valor total de pagamentos feitos no comércio digital no país, um total transacionado de US$ 9,5 bilhões, pelas previsões do Americas Market Intelligence (AMI), consultoria especializada em estudos sobre América Latina e parceira oficial da pesquisa do EBANX. Em 2024, a participação desse método no e-commerce deve chegar a 9%.
Dados da consultoria NeoTrust reforçam a ideia de que a alta no e-commerce é a grande responsável por essa revolução envolvendo o PIX. Na Black Friday, data mais movimentada do varejo digital, o faturamento das empresas ultrapassou os R$ 5 bilhões, uma alta de quase 6% frente a 2020. Já o Beyond Borders mostra que os consumidores brasileiros costumam pagar 38% a mais em compras feitas com PIX, além de escolherem esse método em 40% das transações do varejo digital.

O cenário dos pagamentos

A popularidade do PIX é seguida das chamadas e-wallets, as carteiras digitais. Esse é o segundo método de pagamento digital mais usado no país. No e-commerce, os pagamentos feitos com e-wallets já representam 12%, perdendo apenas para os cartões de crédito. A justificativa está no imediatismo nas confirmações de compra e na atualização quase instantânea de valores, além da grande adoção do método no varejo digital da América Latina.
Os cartões de débito são outro destaque do estudo, e o terceiro meio de pagamento mais popular no comércio digital de toda a região nos últimos dois anos. O número elevado de pessoas sem acesso a linhas de crédito, pessoas de baixa e média renda e jovens em início de suas vidas financeiras elevam o número de cartões de débito no Brasil, acima até mesmo dos cartões de crédito. A perspectiva é de que eles representem 5% de todos os pagamentos digitais em 2021.
“O comportamento do consumidor também mudou, com pessoas entrando no e-commerce pela primeira vez para comprar alimentos e produtos do dia a dia – itens com um tíquete médio mais baixo, que aumentam a probabilidade de pagamento no débito. Elas agora estão mais acostumadas a comprar outros produtos online usando cartões de débito”, analisa Del Valle.

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