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O Veever é um aplicativo que decodifica objetos e imagens e os “traduz” em mensagens de áudio capazes de orientar deficientes visuais em espaços urbanos.

Inclusão

Conheça 5 startups que usam tecnologia para melhorar acessibilidade

Maria Clara Dias, especial para o GazzConecta
12/05/2022 21:29
Em um país de proporções continentais como o Brasil, promover a inclusão e acessibilidade é tarefa árdua. Em termos numéricos, o país tem hoje 17,3 milhões de pessoas portadoras de algum tipo de deficiência, seja ela física, auditiva, visual ou intelectual, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Facilitar a integração desse público a ambientes e ações do cotidiano é a missão de inúmeras startups que se dedicam a estreitar o acesso entre espaços públicos e pessoas com deficiência de qualquer gênero com a ajuda de tecnologia.
Ainda sem um termo cunhado pelo mercado, a exemplo do que já foi feito há tempos para as fintechs, martechs ou healthtechs, as pequenas empresas de tecnologia ligadas à melhoria na qualidade de vida do público PcD seguem criando disrupções no país. Conheça cinco startups que estão transformando o cenário de acessibilidade no país.

1. Mundo Adaptado

Inspirada pela condição de saúde enfrentada pelo filho, vítima de paralisia cerebral logo após o nascimento, a administradora Carla Delponte fundou a Mundo Adaptado em 2016, com o propósito de suavizar o dia a dia de mães, familiares e cuidadores de crianças e adultos com deficiência. A empresa faz isso a partir de uma comunidade colaborativa de conteúdo onde os participantes, de pais a profissionais de saúde, dividem experiências, informações úteis e histórias inspiradoras de superação e resiliência.
A curadoria do conteúdo fica a cargo da empresa. Além da parte ligada ao conteúdo, a Mundo Adaptado também desenvolveu um marketplace onde empresas podem anunciar produtos voltados ao público PcD como cadeiras, calçados ortopédicos e brinquedos para os membros da comunidade.

2. Ploy 

A Ploy, de Cascavel, produz adaptações para dar estabilidade às cadeiras de rodas, seja para a mobilidade urbana ou para a prática esportiva, aumentando a acessibilidade.
A Ploy, de Cascavel, produz adaptações para dar estabilidade às cadeiras de rodas, seja para a mobilidade urbana ou para a prática esportiva, aumentando a acessibilidade.
Ploy é uma empresa de impacto social de Cascavel, no interior do Paraná, que produz adaptações para dar estabilidade às cadeiras de rodas, seja para a mobilidade urbana ou para a prática esportiva. Em outras palavras, a startup criou um acessório capaz de diminuir os trancos que cadeiras podem sofrer em função de desníveis, buracos e outras falhas no chão de ruas e avenidas.
E, em outra frente, também prepara esses equipamentos para atletas cadeirantes que procuram mais segurança em seus treinos e competições. A Ploy é fruto da criação de Rebeca Kuperstein, arquiteta e urbanista, e já impactou mais de 180 cadeirantes.

3. Jade Autism

O Jade Autism, criado por Ronaldo Cohen, é um aplicativo que usa a gamificação para gerar estímulos cognitivos para pessoas portadoras de autismo.
O Jade Autism, criado por Ronaldo Cohen, é um aplicativo que usa a gamificação para gerar estímulos cognitivos para pessoas portadoras de autismo.
O Jade Autism, criado por Ronaldo Cohen, é um aplicativo que busca, por meio de gamificação, gerar estímulos cognitivos para pessoas portadoras de autismo. No app, são mais de 1,5 mil diferentes níveis de jogos, com foco especial em crianças e jovens. A ideia é auxiliar nas habilidades comportamentais e funções vitais para o desenvolvimento, com relatório constantes que podem ser gerados para terapeutas. Disponível para smartphones, hoje o Jade Autism já tem mais de 110 mil usuários, em 149 países do mundo.

4. Veever

O Veever é um aplicativo que decodifica objetos e imagens e os “traduz” em mensagens de áudio capazes de orientar deficientes visuais em espaços urbanos.
O Veever é um aplicativo que decodifica objetos e imagens e os “traduz” em mensagens de áudio capazes de orientar deficientes visuais em espaços urbanos.
O Veever é um aplicativo dotado de tecnologia que decodifica objetos e imagens e os “traduz” em mensagens de áudio capazes de orientar deficientes visuais em espaços urbanos. A invenção é de João Pedro Novochadlo, empreendedor curitibano que fundou o negócio após um período como voluntário em um instituto para pessoas com deficiência. Na prática, a Veever conecta locais, transportes e pessoas, a partir de seus smartphones e pequenos aparelhos conectados em pontos estratégicos da cidade. Quando o aparelho reconhece o celular, ele envia informações sobre o local, bem como orientações, em formato de áudio.

5. UserWay

O UserWay é uma espécie de interface inteligente que adapta sites e aplicativos e amplia a acessibilidade para diferentes tipos de público. Uma das pioneiras no país a criar esse tipo de solução, a UserWay já é utilizada por mais de 1 milhão de websites e já conquistou grandes marcas como Coca-Cola, Disney, Toyota e Fedex. Diante da disparada no número de negócios migrando para o online e o envelhecimento iminente da população, o que a UserWay se propõe a fazer é tornar essa transição mais fácil para as empresas digitais, incluindo recursos como legenda de fotos, dicionários e alterações no tamanho e nitidez de fontes para auxiliar usuários com dificuldades de acesso, como idosos e pessoas com deficiência. Trata-se de um problema global: segundo uma pesquisa do Gartner, a ausência de recursos acessíveis espanta 46% de possíveis usuários em um mercado-alvo. De olho nisso, a ambição da UserWay é criar uma internet totalmente acessível até 2024.

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