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O primeiro dia do Festival do Futuro reuniu 20 especialistas discutindo o futuro do trabalho, da vida e dos negócios.

Maratona de conteúdo

“Construir o amanhã faz parte da nossa história”: confira 1ª dia do Festival Novo Mundo

GazzConecta, com colaboração de Millena Prado
29/04/2020 13:51
Qual o futuro dos eventos, do trabalho, da vida e dos negócios após a pandemia? O Festival Novo Mundo, transmitido ao vivo pelo GazzConecta, reflete sobre diferentes pontos de vista, reunindo mais de 50 especialistas, para discutir qual é o novo normal no pós-coronavírus.
Nesta quarta-feira (29), a partir das 10h, o festival aborda reflexões sobre o futuro da mobilidade, das cidades e dos eventos. Confira aqui a programação completa e inscreva-se para acompanhar os próximos dias do festival.
Na terça (28), primeiro de três dias de evento, foram discutidos o amanhã da vida, dos negócios e do trabalho e reuniu 20 palestrantes. O evento vai até quinta-feira (30).
Segundo Flávio Tavares, criador do festival, um dos grandes propósitos do evento não é descobrir o futuro mas sim que possamos refletir sobre nós. “Grandes mudanças acontecem dentro de você pois o novo mundo é feito por protagonistas. Construir o amanhã depende de você, de mim, e faz parte da nossa história. Superar o grande desafio que estamos vivendo começa de dentro para fora”, explica Flavio.
Quem abriu o evento foi Walter Longo, empreendedor, palestrante e sócio-diretor da consultoria Unimark. O primeiro talk do dia refletiu sobre a vida antes e depois do coronavírus.
Para Longo, todas as questões sobre Covid-19 são extremamente complexas e envolvem desde hábitos de higiene da população, até histórico de vacinação e qualidade nos sistemas de transporte coletivo.
Segundo o especialista, no pós-pandemia a nossa vida não será completamente diferente e as grandes mudanças virão de cenários que já estavam se transformando e foram aceleradas pela crise. “A consciência trás evolução comportamental, mas não sairemos dessa hibernação em uma floresta completamente diferente”, afirma.
Ainda na visão do palestrante, o futuro é incerto mas o momento é de repensar hábitos e processos que podem ser revistos, como o investimento nas forças armadas por exemplo.
“É uma questão de fazer uma revisão completa dos paradigmas que nos trouxeram até aqui. Essa talvez seja a única vantagem da pandemia, repensar conceitos que vinham sendo tomados no automático. Investir em armamento ou em especialistas em saúde? Estamos vivendo outro tipo de guerra e outro tipo de inimigo.”
afirma Walter.
Walter refletiu ainda sobre o nosso senso de coletividade. “Não é hora de heróis individuais e sim coletivos. Nem médicos, nem políticos, nem economistas, só a soma dos três pode tomar as melhores decisões. Só revisando nossas crenças vamos poder viver em um mundo melhor”, explica.

Qual é o futuro dos negócios?

A segunda mesa do dia reuniu Breno Masi, Head of Product do Grupo Movile e Carolina Seviciuc, diretora de transformação digital da Nestlé Brasil, repensando sobre as novas oportunidades do digital durante a pandemia.
Para Breno, o coronavírus mostrou questões muito complexas sobre o número negócios que já estão digitalizados no país. Segundo ele, 95% das escolas no Brasil não estão preparadas para o ensino a distância e 90% dos restaurantes não estão conectados para continuar mantendo as portas abertas e os serviços via delivery.
“A cultura digital vai impactar ainda mais nós todos. Vamos ter muitas oportunidades para os negócios mas as pessoas precisam se preparar e não se apegar à como os processos funcionavam”, completa Masi.
Para Carolina, que precisou inclusive triplicar o time de inovação depois da pandemia, a velocidade das mudanças aumentou em um nível que as empresas não tinham experimentado anteriormente. E lembra que a transformação dos negócios está passando mais do que nunca pela nossa casa e nossas vidas pessoais.
Ainda para discutir o futuro dos negócios, a segunda palestra do tema reuniu Jurb, diretor geral de Fleet & Mobility da Edenred Brasil que dividiu o palco virtual com Arthur Rufino, CEO da JR Diesel; André Lahoz, Diretor-geral da Jovem Pan e Fabio Queiroz, Presidente da Asserj.
Para Arthur Rufino, a crise é uma oportunidade para que a inovação seja definitivamente incorporada na cultura das empresas. “É uma oportunidade para que as empresas possam colocar a inovação como realidade no dia a dia. As pessoas focam muito na questão de uma tecnologia inovadora, mas pode não ser hora para uma transformação digital mas sim uma transformação do seu negócio”, completa. 
Na visão de Jurb, alguns pontos são cruciais para que os líderes possam tomar decisões e saírem da crise neste momento. Entre eles, simplificar os processos de implementação de mudanças.
“É preciso ter uma metodologia ágil, que não precisa passar por 300 níveis de aprovação, que pode ser aplicada não só para investimentos em tecnologia mas também para outros projetos. É importante que os líderes tenham a cabeça fria, para pensar no seu dia, perceber o negócio e agilizar a estratégia. É preciso ouvir o mercado, os clientes e o que os parceiros precisam neste momento”, explica Jurb.

O futuro do trabalho

No último painel do dia Maira Habimorad, diretora acadêmica e de inovação do IBMEC e sócia da Cia de Talentos, reflete sobre as grandes mudanças que a pandemia está causando no trabalho.
Segundo Maira o cenário da pandemia causou mudanças que já eram esperadas, o que seria o futuro agora é o presente. “A pandemia nada mais é que um catalizador de uma série de coisas que vinham chegando de mansinho, e de repente a nossa vida foi invadida de maneira absurda por vários elementos desse futuro que estava demorando para aparecer”, explica.  
Na visão da diretora, três competências humanas devem passar por uma revolução. O trabalho em equipe deve dar lugar á conexão, o pensamento fora da caixa deve se tornar a capacidade de recriar o próprio trabalho todos os dias, e por fim, a analise deve ser substituída pela reflexão. "Se a gente não tem conexão com as pessoas é muito difícil mobilizá-las em direção ao novo, e se tem uma certeza que temos hoje, é que o novo virá.” explica.
Maira completa ainda que o cenário de dúvidas é um terreno fértil para aprendizagem e finaliza com uma provocação. “Os mais preparados para o futuro são os que fazem a gestão dos seus próprios aprendizados” completa.
O Festival Novo Mundo é promovido pelo Welcome Tomorrow, um dos maiores eventos de futuro, tecnologia e mobilidade do país, que em 2020 chega à sua oitava edição.

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