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Aniversário do Cubo Itaú

Cubo Itaú completa 5 anos com faturamento de R$ 380 milhões em 8 meses

Mariana Ceccon, especial para o GazzConecta
24/09/2020 15:12
O Cubo Itaú, o maior hub de tecnologia e empreendedorismo da América Latina, localizado em São Paulo, completa cinco anos nesta quinta-feira (24). Para celebrar a data, os idealizadores do projeto — o fundador da Redpoint Ventures, Anderson Thees, e o diretor de tecnologia da informação do banco Itaú Unibanco, Ricardo Guerra — recebem online ao longo de todo o dia membros das 350 startups que fazem parte de seu portfólio para um bate-papo privado sobre os futuros da organização, novos negócios, investimentos e estreitamento de relações.
A abertura das comemorações, no entanto, foi transmitida publicamente, ocasião onde os idealizadores fizeram uma retrospectiva dos últimos cinco anos do hub e um balanço de 2020. Mesmo durante a pandemia do novo coronavírus, as startups parte da comunidade Cubo faturaram mais de R$ 380 milhões entre janeiro e agosto, geraram 1750 novos empregos e 70% delas aumentaram ou mantiveram o mesmo ritmo de crescimento em número de funcionários, receitas e novos negócios. No ano passo inteiro, o total faturado por estas jovens empresas foi de R$ 500 milhões.
Os anfitriões também lembraram do início do projeto, em 2016, quando o Cubo funcionava em um prédio de seis andares, com capacidade para apenas 50 startups. De lá para cá, o hub mudou de lugar: agora, funciona em um prédio na Vila Olímpia com 12 andares, divido entre 15 segmentos de mercado diferentes e com uma capacidade de geração de mais de 800 negócios por ano.
Inaugurado em 2018 em São Paulo, os espaços brincam com cores e diferentes materiais que se afastam da clássica linguagem corporativa. Videowall na entrada do prédio é destaque do projeto
Inaugurado em 2018 em São Paulo, os espaços brincam com cores e diferentes materiais que se afastam da clássica linguagem corporativa. Videowall na entrada do prédio é destaque do projeto
Os planos para os próximos anos agora incluem não só a transformação digital deste prédio para uma operação híbrida das empresas parceiras, como também a expansão do Cubo Itaú para outras cidades do Brasil através de um projeto de networking online.
"É emblemática esta transformação que estamos fazendo em nosso projeto, porque reflete a transformação pela qual o mundo está passando. Nós criamos o Cubinho, passamos para o prédio que apelidamos de Cubão e este sucesso tangível fazia certa sombra na nossa missão digital, que não foi criada por conta da pandemia, já era algo que discutíamos há pelo menos dois anos, outras formas de levar o Cubo para fora do prédio físico", conta o fundador da Redpoint.
"O mundo agora está sendo empurrado para o digital e os nossos resultados dos últimos cinco anos foram construídos dentro de uma outra crise que o Brasil já vivia. Por isso acredito que o vem por aí é espetacular, será um ciclo de obras grandes, nas quais o Cubo terá um papel importantíssimo", resume.
Ricardo Guerra também lembrou da missão do Cubo de agregar diferentes empreendedores em uma única comunidade como o principal valor entregue pelo projeto ao mercado, e como isto deverá continuar sendo a marca registrada da organização nos próximos anos.
"Do meu ponto de vista, as grandes empresas brasileiras apenas começaram a sua transformação digital, mas o que temos para ver ainda é muito grande e estará muito relacionado aos modelos de colaboração. As empresas estão entendendo que o consumidor é maior do que a indústria e por isto é preciso olhar para o lado e ver como é possível expandir a oferta de valor para estes clientes e quais parcerias precisam ser feitas", declara o diretor do Itaú Unibanco. "Neste cenário, vamos ver um crescimento muito grande de oportunidades para startups e tenho certeza que nós no Cubo vamos ter um período de muitas surpresas como foram as dos últimos cinco anos, nos divertindo muito, fazendo muitos negócios e dando muito orgulho no que fazemos", finaliza.

Encerramento

Para fechar a celebração, o Cubo Itaú promoveu uma palestra pública com o presidente do conselho administrativo do Itaú Unibanco Pedro Moreira Salles e o com o economista e empresário Jorge Paulo Lemann. O conteúdo foi transmitido pelo canal no Youtube do Cubo e no LinkedIn do hub.
Os empresários conversaram sobre o cenário brasileiro para investimentos e mudanças globais impulsionadas pela pandemia de Covid-19. "Há dez anos eu diria que um dos gargalos de inovação no Brasil era o dinheiro, não havia capital para apostar em novos negócios. Hoje isto mudou, mas a burocracia ainda é um empecilho. Montar coisas novas ou contratar são desafios", comentou Lemann. "Mas no geral, falando francamente, o Brasil está indo bem e tem um mercado de consumo enorme para explorar. Minha aposta é que vamos ver uma mudança revolucionária nos próximos anos, principalmente ligada à medicina tecnológica", apostou.
Além de falar sobre a importância de alterar as culturas organizacionais para adaptarem-se as transformações digitais e reverem seus legados para os seus ecossistemas, o presidente do Itaú também fez apostas para o cenário pós-pandemia.
"No meu entender, as grandes empresa que dependem de grandes cadeias logísticas globais vão rever este posicionamento, porque há um risco nesta operação. Para mim, o mundo vai se tornar menos global do ponto de vista de operações administrativas. Já sob a ótica do cliente, a digitalização vai trazer consequências para todo o varejo. Quanto ao regime de trabalho, acredito que o home office será híbrico, muito porque a cultura, a troca de ideias e a criação ao acaso se perdem em um trabalho remoto", resume.
Assista a palestra na íntegra:

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