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Antes de recorrer a emergência de um hospital pacientes podem solucionar pelo telefone questões com menos complexidade.

Docway

Startup de telemedicina curitibana pretende triplicar número de atendimentos em 2020

Patrícia Basilio, especial para Gazeta do Povo
28/02/2020 21:39
Antes de recorrer à emergência de um hospital, os beneficiários da SulAmérica têm direito a um primeiro atendimento por telefone e vídeo em casa. O serviço tem como objetivo ampliar o acesso à saúde a pacientes que moram em regiões distantes de grandes metrópoles e ajudá-los em questões de menor complexidade — que não exigem a ida um pronto-socorro, cujo acesso é bastante movimentado. Entre os parceiros da seguradora, está a Docway, healthtech curitibana que dobrou de tamanho em 2019 e planeja realizar 40 mil atendimentos este ano, quase triplicando a quantidade registrada no ano passado (15 mil).
A startup, residente do Cubo Itaú, maior hub de empreendedorismo da América Latina, está presente em 440 cidades e possui mais de 4,6 mil profissionais cadastrados para atendimento domiciliar e telemedicina, com serviços de orientação e triagem por telefone, como os que a SulAmérica oferece. “As pessoas se sentem acolhidas [com o serviço] porque podem receber atendimento médico em casa. A tecnologia não desumaniza, ela traz o médico para perto do paciente”, afirmou Viviane Mathias Araújo dos Santos, gerente de telemedicina da seguradora.
O atendimento médico por telefone é o mais consolidado da SulAmérica, segundo Viviane. Mensalmente, a operadora registra duas mil ligações de pacientes de todo país. A assistência em vídeo, por sua vez, atendeu três mil pessoas em 2019 — ano em que foi lançado. “Em conferência por vídeo, podemos ver coisas que o telefone não pega. Assim, fica mais fácil indicar quais casos devem seguir para o pronto socorro”, disse a gerente.
Segundo Fabio Tiepolo, CEO e fundador da Docway, 90% dos casos atendidos pelos médicos pela plataforma são resolvidos a mesma hora. “Lançamos a orientação médica por áudio e vídeo no ano passado e agora vamos oferecer também uma opção de primeiro atendimento por chat”, adiantou o executivo, que divide as semanas entre os escritórios de Curitiba e do Cubo, em São Paulo.

Jovens aderem ao serviço

Na avaliação do administrador de empresas, especializado na área médica, os jovens são o público que mais aderem ao novo formato de tratamento médico. Além disso, muitos pacientes não sabem que têm direito ao serviço pelo plano de saúde. “Estamos aguardando a regulamentação do Conselho Federal de Medicina para oferecer também consulta por vídeo [e não só a orientação]. Assim, médicos que já tenham relacionamento anterior com o paciente poderão emitir receita eletrônica”, explicou.
Um relatório do Zion Market Reports estima que a telemedicina global deve crescer de US$ 21,9 bilhões em 2017 para US$ 40,6 bilhões até o fim de 2024, com uma taxa de avanço anual de 9,19%. “Temos um sistema 100% operacional, mas ainda estamos aguardando a regulamentação para colocá-lo para rodar. Por enquanto, estamos apostando em teletriagens e orientações. Percebemos que cada vez mais pessoas evitam esse deslocamento desnecessário a um posto de atendimento”, finalizou Tiepolo.

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