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Startup usa robôs para rastrear cargas e automatizar cadeia logística

Patrícia Basilio, especial para Gazeta do Povo
19/03/2020 21:40
Não é novidade que a logística é um dos grandes gargalos do país. Com o avanço do coronavírus pelo mundo e recente decisão do presidente Jair Bolsonaro de fechar as fronteiras terrestres do país, esse problema ganhou ainda mais evidência.
Para estimular o desenvolvimento do setor e sanar a demanda de clientes, a startup Quattro vai lançar, no final desse semestre, uma plataforma que promete controlar e automatizar os processos logísticos com o auxílio de robôs. Sua função é capturar e monitorar diversos dados, entre eles o desembaraço de cargas (liberação pela alfândega) e localização contêineres e veículos no mundo todo.
A logtech iniciou operações há dois anos vendendo softwares sob demanda para clientes como a Mercedes-Benz em uma espécie de projeto beta avalizado pela montadora alemã — principal cliente da startup até hoje. “Com a tecnologia 4.0, reduzimos contatos por telefone e aumentamos a eficiência logística. Se algo foge do controle [durante a viagem], conseguimos rastrear tudo que aconteceu com a carga, como queda ou lentidão para desembaraço. Temos robôs que monitoram o status do processo em tempo real”, explicou Gabriel Roriz, fundador e CEO da Quattro.

Acelerações impulsionam startup

Para levar a nova plataforma a empresas de todo país, a Quattro vai acelerar sua expansão com o apoio do Cubo Itaú, maior hub de empreendedorismo da América Latina. A logtech, que possui seis funcionários, tornou-se nova residente do centro de inovação no início do mês, dentro da vertical de logística e mobilidade, liderada pela VLI Multimodal. “Queremos sair [do Cubo] mais maduros e fortes para o mercado. Nossa expectativa era de buscar investimento neste semestre”, disse o engenheiro.
De acordo com Roriz, a previsão dos quatros sócios da startup — todos engenheiros — era de que a empresa fosse registrar um crescimento expressivo neste ano, com o lançamento da plataforma. No entanto, as estimativas estão sendo refeitas conforme a crise se agrava no país. “Começamos com um novo cliente em janeiro, mas agora a gente prevê que novos contratos sejam adiados. Temos um ciclo de vendas longo, com ticket médio alto [não revelado]. Temos poucos e bons clientes, em geral médias e grandes empresas”, detalhou.
Antes de se tornar residente do Cubo Itaú, a Quattro foi acelerada pela Liga Ventures e pela 4 Comex, aceleradora especializada em comércio exterior.

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