Em LinkedIn, Febraban critica modelo de negócio tributação de fintechs

Na última segunda-feira (20) a Federação Brasileira dos Bancos, Febraban, publicou na sua rede social LinkedIn duras críticas ao modelo de negócio e tributação de bancos digitais, chamadas fintechs. A publicação critica ainda a Zetta, associação criada pelo Nubank no início de 2021 e faz menção ao banco digital que já soma mais de 35 milhões de clientes no Brasil.

Na publicação, a Federação critica o banco digital que, segundo sua visão, tem "cara, porte, produtos e até nome de banco, prefere não se dizer banco, mas cobra juros mais altos dos seus clientes que a média dos cinco ou 10 grandes bancos brasileiros", descreve a publicação.

A postagem critica ainda a atuação das fintechs do país, posicionando que "a 'verdade' verdadeira é que as grandes fintechs gostam mesmo é de pagar apenas 'meia entrada' e em nada se diferenciam dos bancos. Aliás, só não são bancos para pagar menos impostos, gerar menos empregos, ter poucas obrigações regulatórias e trabalhistas", pontua.

Em nota publicada nas redes sociais, a associação do Nubank, Zetta, lamentou que a Febraban tente “confundir a opinião pública a respeito de temas importantes sobre a concorrência no setor de serviços financeiros”, e relata ainda que há uma diferença regulatória que favorece os bancos e prejudica fintechs.

A Zetta posiciona que os bancos possuem linhas de crédito proibidas às fintechs, e ainda que as exigências para a operação de bancos digitais é superior as burocracias aplicadas aos bancos. “Apenas bancos podem receber depósitos à vista. Dessa maneira, eles não remuneram seus clientes e ainda podem usar o dinheiro deles para conceder empréstimos. As fintechs não têm essa permissão. Nos depósitos em instituições de pagamento, 100% dos recursos ficam travados em títulos públicos” completou o comunicado.