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Startups brasileiras recebem US$ 763 milhões em fevereiro

Em 40 rodadas

Investimento dobra e startups brasileiras recebem US$ 763 milhões em fevereiro

GazzConecta
10/03/2022 13:30
As apostas nas startups brasileiras continuam em alta. Apenas no mês de fevereiro, elas receberam US$ 763 milhões em investimentos. O valor é mais do que o dobro do que o registrado no mesmo período do ano passado, segundo o relatório “Inside Venture Capital”, elaborado mensalmente pelo hub de inovação aberta Distrito em parceria com o Bexs Banco.
O resultado dá continuidade a um ano de captações recordes no ecossistema de inovação brasileiro. Em 2021, as startups levantaram mais de US$ 8 bilhões. Além do volume financeiro, o valor recorde aportado nas pequenas tecnológicas também contribuiu para a consolidação de 11 novos unicórnios no último ano.
Agora, as startups começam o ano de 2022 no mesmo ritmo. Com os US$ 763 milhões investidos ao longo de 40 rodadas em fevereiro, o total movimentado pelo mercado de venture capital brasileiro já ultrapassa US$ 1 bilhão.
As rodadas mais relevantes do mês envolvem o banco digital Neon, que captou cerca de US$ 300 milhões com o banco espanhol BBVA, a plataforma de compra e venda de ativos ilíquidos Velvet, com os US$ 200 milhões da Yolo Investments e a HRTech Gupy, que em fevereiro captou US$ 92 milhões na maior rodada envolvendo uma startup feminina no Brasil e também uma startup de recursos humanos na América Latina.
Cheques cada vez maiores representam uma maturidade crescente do mercado de venture capital brasileiro, na avaliação de Gustavo Gierun, CEO do Distrito. “Temos uma maior competitividade dos fundos pelas melhores oportunidades ao mesmo tempo em que há uma maior segurança sobre o potencial de performance de Venture Capital no Brasil, o que tem levado o ticket médio para cima”, diz. “Observamos tickets de séries A e B, por exemplo, já se assemelhando ao de mercados mais consolidados, como o americano e o asiático. Ainda é um ponto um pouco fora curva, mas vale acompanhar o movimento”, disse, em nota.

Setores em alta

Mais uma vez, as fintechs movimentaram o maior volume financeiro. Juntas, receberam US$ 567 milhões do total de fevereiro, grande parte graças ao cheque depositado no mais novo unicórnio Neon. Na sequência, aparecem as HRTechs, com US$ 102 milhões; real estate, com US$ 25,9 milhões; retailtechs, com US$ 17,2 milhões e martechs, com US$ 14,7 milhões.

Fusões e aquisições

O número de M&As manteve certa estabilidade em fevereiro: foram 13 transações, ante 14 operações concluídas em fevereiro de 2021. No acumulado do ano, já são 34 M&As registrados no país.
“A aquisição de startups por scale-ups é uma tendência muito clara desde o ano passado. Alguns fundos estão promovendo rodadas de investimento já considerando M&As para consolidação do mercado no curto prazo, como aconteceu com Gupy e Kenoby. O mercado está acelerando por meio de fusões e aquisições, algo que não era tão usual no passado”, afirma Gierun.

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