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Levantamento foi realizado pela entidade de fundos de investimentos Anjos e VCs, que publicou uma carta aberta defendendo investimentos durante a crise.

Capital de risco

Investimento em capital de risco continua aquecido na crise, mostra pesquisa

Aléxia Saraiva
05/06/2020 21:27
O mercado de investimentos em capital de risco continua a todo vapor mesmo durante a crise. Esta é mensagem que o grupo de investidores Anjos & VCs, composto por 150 entidades, se organizou para transmitir através da publicação da “Carta aberta ao ecossistema brasileiro de empreendedorismo, inovação e investimentos em startups”.
Capitaneado por Bruno Dequech Ceschin, cofundador da startup JUPTER, o grupo se articulou durante a crise do novo coronavírus para reafirmar ao ecossistema de inovação do Brasil que os investimentos não deixaram de acontecer por conta do momento do país. Segundo o investidor, o mercado de investimentos em tecnologia não se abalou porque o capital já foi levantado antes da crise.
“Esse tipo de investimento não depende dos ciclos macroeconômicos e não tem nenhuma relação com o PIB. Por isso, não vai ser afetado negativamente pela crise – ao contrário, vamos investir em novas empresas preparadas para esse novo cenário”, explica Ceschin. “É importante que a sociedade saiba disso porque os empreendedores que criam soluções para novos problemas têm que saber que há capital disponível e procurando por eles”.
A carta é embasada em uma pesquisa divulgada pela Astella Investimentos no final de maio. Paralelamente, o próprio grupo Anjos & VCs realizou a própria pesquisa, que está aberta até o dia 19 de junho para respostas de investidores com relação às suas previsões para 2020. Até o momento, dos 70 fundos que participaram da pesquisa, 90% estão ativos para investimentos em novas startups (veja abaixo a lista completa).
Ceschin indica que há R$ 9,5 bilhões sob administração dos 150 fundos que compõem o grupo, dos quais R$ 4,1 bilhão já foram investidos e R$ 2,1 foram captados, mas ainda não alocados. Além disso, segundo Ceschin, há mais 22 fundos de investimentos em criação no país.

Mensagem para o mercado

Para Dongley Martins, do fundo GooDz Capital, houve um movimento infeliz de comunicação no mercado afirmando que os investimentos tinham diminuído com a crise. “Esse mercado continua investindo de forma importante e significativa. Em um universo vivendo de demissão em massa e recursos financeiros no sistema bancário totalmente restritos, é muito importante que esse grupo de investidores continue investindo todos os dias”.
Martins afirma que, nos últimos três meses, a GooDz Capital investiu em quatro startups. Ele ressalta que, nesse cenário, é fundamental passar uma mensagem de tranquilidade ao ecossistema. “Se eu mando uma mensagem de terror para o mercado, o investidor foge, o gestor tem menos capital e as empresas vão quebrar no meio do caminho. O mundo não parou, a crise vai passar e é hora de termos empatia”.
Os fundos que já responderam à pesquisa da Anjos e VCs foram: ACE, Alexia Ventures, Altivia Ventures, Anibal Messa, Anjos do Brasil, Antera Gestão de Recursos, Astella, Baita Aceleradora, Barn Investimentos, Blocko Ventures, BoostLAB Powered By BTG pactual, Bossa Nova Investimentos, BR Angels, Caravela Capital, COREangels Atlantic, Criabiz Ventures, Participações, Darwin Startups, DH,LO Creative Boutique, Distrito, Duxx Investimentos, eBricks Ventures, Equity Rio Investimentos Ltda, FEA Angels, Fundepar, Fuse Capital, G2Capital, Global Founders Capital, GooD-z Capital, Grão, GVAngels e OKTA, HAG Ventures, Harbour Capital, HARDS, Honey Island Capital, IndicatorCapital, Invest Tech, Investidor via ACE e Smart Money, Investup, Iporanga Ventures, KICK Ventures, KPTL, LAAS-LATIN AMERICAN ANGELS SOCIETY, Lighthouse Investimento & Inovação, MG Tech, MSW Capital, Norte Ventures, ONEVC, Plataforma Capital, Polaris Investimentos, Poli Angels, Qualcomm Ventures, RD2 Ventures, Rede+, Redpoint eventures, Sevensete, Shift Capital, Siena Company, Sirius Global, SMU investimentos, Spin Startups+Industries, SuperJobs Ventures, Terracotta Ventures, The Next Company, TheVentureCity, Vedacit, VENTIUR Investimentos em Novos Negócios e Verus Group.

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