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O aplicativo é gratuito e foi lançado no final de maio.

Chippu

Na contramão da inteligência artificial, app usa indicações humanas para sugerir filmes

GazzConecta, com colaboração de Millena Prado
18/06/2020 20:42
Você já tentou escolher um filme na Netflix e dormiu antes de encontrar um bom título? O Chippu, aplicativo de curadoria que mescla algorítimos e opiniões humanas, reuniu em menos de um mês mais de 80 mil usuários para resolver suas dúvidas sobre o que assistir.
O aplicativo envia dicas de filmes selecionados por algoritmos através da interação do usuário, além de contar com curadoria humana para fazer indicações. O objetivo é que as dicas não fiquem no mesmo gênero, elenco ou temática.
Desenvolvido pelos amigos Thiago Romariz, Luigo Pedroni e Thamer Hatem, o aplicativo mostra os filmes de acordo com um breve questionário feito ao baixar o aplicativo, mas também leva em conta o aprendizado da máquina e as interações na plataforma. A cada 24 horas, indicações são feitas manualmente por duas pessoas da equipe.
Foto: Divulgação/Chippu
Foto: Divulgação/Chippu
Para Thiago, que também é relações-públicas da fintech Ebanx, o sistema mistura curadoria humana com algoritmos para trazer um olhar sensível para o serviço. “Quem nunca passou um tempão procurando um filme na Netflix ou Amazon? A ideia é trazer olhar humano e sensibilizado, facilitando o acesso das pessoas". E completa: “o objetivo é otimizar o tempo e trazer coisas boas do entretenimento, deixando o usuário descobrir algo novo” .
O Chippu foi desenvolvido em 25 dias e lançado na última semana de maio. Atingiu o marco de 40 mil usuários em um final de semana, e hoje tem 80 mil pessoas cadastradas na plataforma. O app fez 600 mil indicações em menos de um mês. O sistema reuniu os catálogos das plataformas Netflix, Amazon, iTunes, Google Play e TeleCine, e ainda pretende expandir.

Se sente engolido pela quantidade de informações?

Na opinião de Thiago, a curadoria de conteúdo será cada vez mais importante de acordo com a quantidade de informações circulando na rede.
“A curadoria humana é o futuro para consumo de conteúdo como um todo, inclusive para notícias e músicas. Temos excesso de informações sem um filtro que entenda as necessidades. As pessoas ou vão ser engolidas pelo excesso de oferta ou viverão na bolha escolhida pelas plataformas”, prevê.  
A plataforma recebeu aporte de um investidor anjo e precisa ser aperfeiçoada para tornar a navegação mais fluida e os servidores com mais capacidade de armazenamento de catálogos. Na previsão dos sócios, nas próximas semanas novas funções devem tornar o aplicativo mais parecido com uma rede social, permitindo interações.
O objetivo é que o catálogo de séries também passe a fazer parte das indicações. Entre os planos, está a unificação com plataformas de descontos em sessões de cinema e expansões do alcance do aplicativo para a Europa e outros países da América Latina.

Plataforma de perfil de consumo

Hoje o aplicativo é gratuito, mas começa a monetizar o serviço através de publicidade. Em um segundo momento, o objetivo dos sócios é que o sistema funcione também como uma plataforma de estudo de comportamento do consumo no streaming. Traçando perfis de consumo, o sistema não oferece as informações de seus usuários mas pode gerar tendências de comportamento de forma anônima.
A tecnologia já conseguiu indicadores como os horários de maior procuram por filmes e os gêneros mais assistidos. O pico de acessos vai de sexta a domingo, e os gêneros mais comuns são comédia, mais procurado no período da tarde, ação e suspense mais assistidos á noite.

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