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Marco Stefanini fundador da multinacional de mesmo nome, possui centros de inovação no Brasil, EUA, Romênia e México.

Transformação digital

“Não basta criar sala com pebolim para gerar inovação”, diz fundador de multinacional de TI

Patrícia Brasílio, especial para o GazzConecta
28/12/2019 11:00
“Não basta criar uma sala bonita com pebolim para gerar inovação. Não dá para fazer omelete sem quebrar ovos, e quebrar ovos é uma luta constante”. É desta forma que Marco Stefanini, fundador de multinacional brasileira que leva seu sobrenome, define o processo de transformação digital de sua empresa, iniciado há quatro anos.
Além de ter centros de inovação no Brasil, EUA, Romênia e México, a companhia de tecnologia aposta em suas 20 ventures, espécie de subsidiárias, para oferecer soluções integradas aos clientes. Em 2019, esses negócios digitais tiveram aumento de 35% na receita, em relação a 2018, atingindo aproximadamente R$ 1 bilhão, e a expectativa é que representem 50% do faturamento de todo grupo em até três anos.
“Nosso foco está em
trabalhar de forma integrada, não por silos. Acredito que a empresa não vai
desenvolver tudo dentro de casa e, por isso, precisa do apoio de outros
negócios”, disse o executivo, justificando a participação majoritária na
maioria das subsidiárias do Grupo Stefanini, cuja receita este ano chegou a R$
3,3 bilhões.
De acordo com Stefanini,
soluções para bancos digitais e cibersegurança são as que mais crescem nas
ventures do grupo, seguidas pelas de inteligência artificial, analytics,
marketing digital e pelas que envolvem a indústria 4.0 — com a recuperação do
setor industrial após a crise econômica do país.
Entre as ventures citadas
por Stefanini, a Rafael é uma das mais conhecidas pelo mercado. Sediada em
Israel, a joint venture atua com segurança e defesa. “Não temos competência em
cibersegurança, por isso decidimos comprar a Rafael e levar essa tecnologia
para o mercado”, explicou o fundador do grupo, em coletiva de imprensa, em São
Paulo.

Fintechs têm destaque nogrupo

A fintech Saque e Pague,
de tecnologia multissoluções, por sua vez, recentemente passou a ter operações
no México e na Colômbia. Junto com Topaz, Capital Market e Orbitall, a venture
compõe o grupo “Banking in a Box” da Stefanini, que oferece soluções
para construção de banco digital para “bancos tradicionais ou para empresas que
desejam se tornar um banco”. No total, 55 bancos e instituições financeiras
utilizam o sistema em mais de 20 países, entre eles o Banco do Brasil e o
PagSeguro.
Para 2020, Stefanini afirma que está focado em expandir o ecossistema digital que o grupo já possui, no lugar de realizar novas aquisições. “90% de nossas ventures dão lucro; são soluções menores que, no todo, agregam muito valor ao cliente. É esse ecossistema digital que vai puxar a empresa daqui para frente”, concluiu.

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